"Eu só tenho melhorado cada vez mais": Jake Stewart acelera para sua primeira vitória no WorldTour na quinta etapa do Critérium du Dauphiné
A Consagração de um Velocista em Ascensão
Jake Stewart navegou com maestria até uma vitória impressionante no sprint em Mâcon, após um dia repleto de subidas desafiadoras e uma perseguição desesperada do pelotão no final dos 183 quilômetros de percurso. Esta conquista marca um momento histórico na carreira do ciclista britânico da Israel-Premier Tech, representando sua primeira vitória em uma corrida WorldTour.
A estratégia de Stewart foi audaciosa e calculada: iniciou seu sprint aos 300 metros da linha de chegada, uma distância considerável que visava surpreender o favorito Jonathan Milan (Lidl-Trek). A tática funcionou perfeitamente, permitindo que ele mantivesse uma vantagem confortável sobre seus rivais diretos no sprint.
O Momento Decisivo da Etapa
A disputa pelo pódium foi acirrada, com Axel Laurance (Ineos Grenadiers) garantindo o segundo lugar e Søren Wærenskjold (Uno-X Mobility) completando o top-3. Jonathan Milan, que era considerado o grande favorito para a vitória, teve que se contentar com a quinta posição, demonstrando como o ciclismo pode ser imprevisível mesmo nos momentos finais.
Drama na Classificação Geral
Remco Evenepoel conseguiu manter a prestigiosa camisa amarela de líder, apesar de sofrer uma queda em uma rotatória de 180 graus durante a aproximação final, que rapidamente foi apelidada pelos ciclistas de "a curva em U". O belga cruzou a linha de chegada com o ombro da camisa raspado, aparentemente cuidando de um corte no dedo, mas pedalando de forma aparentemente confortável.
As mudanças na classificação geral foram mínimas, exceto pela saída de Harold Tejada (XDS-Astana), que ocupava a sétima posição antes de abandonar devido a uma queda. Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) e Tadej Pogačar (UAE Team Emirates-XRG) mantiveram suas posições, ficando a 16 e 38 segundos do líder, respectivamente.
Uma Temporada de Crescimento Constante
Esta está se revelando uma temporada particularmente bem-sucedida para Stewart. É a primeira vez que ele consegue duas vitórias em uma única temporada desde o início de sua carreira no WorldTour, sendo que hoje representa sua estreia vitoriosa em uma corrida desta categoria.
A oportunidade surgiu quase por acaso, quando Stewart assumiu as responsabilidades de sprint após seu companheiro de equipe Pascal Ackermann, conhecido por suas chegadas rápidas, sofrer uma queda e abandonar a corrida. Com seu contrato na Israel-Premier Tech expirando nesta temporada, o ciclista de Coventry não hesitou em aproveitar a chance que se apresentou.
Palavras de um Campeão Emocionado
"Esta vitória tem um gosto especial", declarou Stewart após cruzar a linha de chegada. "É uma pena enorme o que aconteceu com Ackermann, que se acidentou hoje... Fico devastado por ele não ter conseguido disputar a chegada."
O britânico continuou explicando como assumiu a responsabilidade: "A responsabilidade foi passada para mim nos momentos finais. Os companheiros me apoiaram, os diretores esportivos confiaram em mim, toda a equipe me deu suporte e fez um trabalho fantástico. Estou extremamente feliz por ter conseguido finalizar o trabalho para eles."
"Eu só tenho melhorado cada vez mais nesta temporada. Obviamente consegui a vitória nas [Quatro Dias de] Dunquerque, e cheguei muito perto na primeira etapa aqui. Conseguir essa redenção agora, que era nossa última oportunidade, é realmente gratificante."
A Tática Vencedora Revelada
Descrevendo a intensidade do quilômetro final, Stewart detalhou sua estratégia: "Ficou um pouco confuso e apertado, mas consegui encontrar meu caminho através da curva em U e peguei a roda do [Mathieu] Van Der Poel. A partir daí, eu só precisava atacar antes do Milan, conseguir uma pequena vantagem sobre ele, e sim, consegui acelerar aos 300 metros e aguentar até a linha de chegada."
Como Tudo Aconteceu
Com os próximos três dias finais consistindo em uma chegada em subida seguida por duas etapas de montanha, esta era a oportunidade definitiva para os velocistas na etapa de 183 quilômetros entre Saint-Priest e Mâcon.
Há pouco terreno plano nesta região da França, então havia várias subidas para superar no caminho - uma de categoria quatro e três de categoria três. Com a última dessas subidas sendo superada a 27 quilômetros da chegada, havia tempo suficiente para o pelotão alcançar a fuga do dia, tornando a chegada em sprint uma possibilidade real.
A Fuga Inevitável
A fuga inevitável do dia consistiu em três ciclistas - Enzo Leijnse (Picnic PostNL), Pierre Thierry (Arkea-B&B Hotels) e Jordan Labrosse (Decathlon AG2R La Mondiale), que partiram quase imediatamente após a largada. Eles foram posteriormente acompanhados por Benjamin Thomas (Cofidis) e Thibault Guernalec (Arkea-B&B Hotels).
O pelotão nunca lhes deu muito espaço para manobra, e depois que o quinteto foi reduzido a um trio na subida final, o jogo parecia decidido. No entanto, Labrosse, Thomas e Guernalec conseguiram resistir até Mâcon, sendo alcançados pelo pelotão perseguidor apenas a cerca de 1.700 metros da chegada.
Resultados Completos
Critérium du Dauphiné 2025 - Quinta Etapa: Saint-Priest > Mâcon, 183km
Top 10 da Etapa:
- Jake Stewart (GBr) Israel-Premier Tech - 4:03:46
- Axel Laurance (Fra) Ineos Grenadiers
- Søren Wærenskjold (Nor) Uno-X Mobility
- Laurence Pithie (NZl) Red Bull-Bora-Hansgrohe
- Jonathan Milan (Ita) Lidl-Trek
- Paul Penhöet (Fra) Groupama-FDJ
- Emilien Jeannière (Fra) TotalEnergies
- Fred Wright (GBr) Bahrain Victorious
- Mathieu Van Der Poel (Ned) Alpecin-Deceuninck
- Bastien Tronchon (Fra) Decathlon-AG2R La Mondiale
Todos no mesmo tempo
Classificação Geral Após a Quinta Etapa
Top 10 Geral:
- Remco Evenepoel (Bel) Soudal Quick-Step - 14:31:08
- Florian Lipowitz (Ger) Red Bull-Bora-Hansgrohe - +4s
- Iván Romeo (Spa) Movistar - +9s
- Mathieu van der Poel (Ned) Alpecin-Deceuninck - +14s
- Jonas Vingegaard (Den) Visma-Lease a Bike - +16s
- Eddie Dunbar (Ire) Jayco-AlUla - +30s
- Tadej Pogačar (Slo) UAE Team Emirates-XRG - +38s
- Matteo Jorgenson (Usa) Visma-Lease a Bike - +39s
- Louis Barré (Fra) Intermarché - Wanty - +1:03
- Paul Seixas (Fra) Decathlon-AG2R La Mondiale
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Quem é Jake Stewart e qual a importância desta vitória?
Jake Stewart é um ciclista britânico de 28 anos que compete pela equipe Israel-Premier Tech. Esta vitória marca sua primeira conquista em uma corrida WorldTour, o mais alto nível do ciclismo profissional. A importância é ainda maior considerando que é apenas a segunda vitória de sua carreira em uma única temporada, demonstrando sua evolução como velocista.
2. O que torna esta vitória no Critérium du Dauphiné tão especial?
O Critérium du Dauphiné é uma das corridas mais prestigiosas do calendário WorldTour, servindo tradicionalmente como preparação para o Tour de France. Vencer uma etapa nesta prova coloca Stewart entre os melhores velocistas do mundo e representa um marco em sua carreira profissional.
3. Como foi a estratégia de sprint de Jake Stewart?
Stewart iniciou seu sprint aos 300 metros da linha de chegada, uma distância considerada longa para um sprint. Sua tática foi surpreender o favorito Jonathan Milan, acelerando antes dele para conseguir uma vantagem inicial que conseguiu manter até a linha de chegada.
4. O que aconteceu com Remco Evenepoel durante a etapa?
Remco Evenepoel, líder da classificação geral, sofreu uma queda em uma rotatória de 180 graus nos quilômetros finais, apelidada de "curva em U". Apesar da queda, ele conseguiu terminar a etapa e manter a camisa amarela de líder, chegando com o ombro da camisa raspado e um corte no dedo.
5. Qual foi o papel da equipe Israel-Premier Tech na vitória?
A vitória foi resultado de um trabalho de equipe exemplar. Após Pascal Ackermann, o velocista principal da equipe, sofrer uma queda, a responsabilidade passou para Stewart. A equipe Israel-Premier Tech reorganizou sua estratégia rapidamente, com todos os companheiros e diretores esportivos apoiando Stewart na aproximação final.
6. Como estava a competição entre os velocistas nesta etapa?
A competição foi intensa, com vários velocistas de alto nível disputando a vitória. Jonathan Milan (Lidl-Trek) era considerado o grande favorito, mas Stewart conseguiu superá-lo com sua tática de sprint longo. Axel Laurance e Søren Wærenskjold completaram o pódium, mostrando o nível elevado da disputa.
7. Qual é a situação atual da classificação geral do Critérium du Dauphiné?
Remco Evenepoel mantém a liderança com uma vantagem mínima sobre Florian Lipowitz (4 segundos). A classificação geral está muito equilibrada, com grandes nomes como Jonas Vingegaard (16s) e Tadej Pogačar (38s) ainda na briga pelo título geral.
8. Como foi o desenvolvimento da etapa antes do sprint final?
A etapa de 183km entre Saint-Priest e Mâcon foi caracterizada por um terreno acidentado com várias subidas categorizadas. Uma fuga de cinco corredores animou a maior parte da corrida, mas foi alcançada pelo pelotão a 1.700 metros da chegada, preparando o terreno para o sprint final.
9. Quais são as perspectivas de Jake Stewart para o restante da temporada?
Com seu contrato na Israel-Premier Tech expirando no final da temporada, esta vitória chega em momento crucial para Stewart. O desempenho demonstra sua evolução como velocista e pode abrir portas para negociações contratuais futuras, seja com sua equipe atual ou outras equipes WorldTour.
10. O que vem pela frente no Critérium du Dauphiné?
Os próximos três dias serão decisivos para a classificação geral, com uma chegada em subida seguida por duas etapas de montanha. Estas etapas favorecerão os escaladores e corredores de classificações gerais, sendo cruciais para definir o vencedor final da corrida.
11. Como esta vitória se compara com outras conquistas recentes de Stewart?
Esta é a segunda vitória de Stewart na temporada, após sua conquista nas Quatro Dias de Dunquerque. No entanto, esta vitória no WorldTour tem um peso muito maior em sua carreira, representando seu primeiro triunfo no mais alto nível do ciclismo profissional.
12. Qual foi o impacto da queda de Pascal Ackermann na estratégia da equipe?
A queda de Ackermann, que era o velocista principal da Israel-Premier Tech, forçou uma mudança rápida de estratégia. A equipe precisou reorganizar seus planos e concentrar todos os esforços em apoiar Stewart, demonstrando a importância da adaptabilidade no ciclismo profissional.