Escolher as vitórias mais marcantes de Tadej Pogačar é como tentar selecionar as estrelas mais brilhantes do céu – todas parecem especiais. Com mais de 100 triunfos profissionais conquistados em apenas seis anos e meio de carreira, o esloveno se estabeleceu como um dos maiores ciclistas de todos os tempos.
Aos 27 anos, Pogačar já soma quatro títulos do Tour de France (2020, 2021, 2024 e 2025), uma vitória no Giro d’Italia 2024, dois campeonatos mundiais consecutivos (2024 e 2025) e dez vitórias em Monumentos. Números que fazem até mesmo o lendário Eddy Merckx reconhecer sua grandeza.
Andy McGrath, autor da biografia “Unstoppable” sobre o ciclista, passou um ano inteiro mergulhado na trajetória de Pogačar. Após assistir incontáveis horas de imagens, analisar dezenas de corridas e entrevistar pessoas próximas ao atleta, ele selecionou as 10 performances que melhor definem a carreira do esloveno. E nós, aqui do Ciclismo Pelo Mundo, trazemos essa análise completa para você.
Os Critérios: O Que Torna Uma Vitória Verdadeiramente Especial?
Antes de mergulharmos nas vitórias, é importante entender os critérios usados para esta seleção. Não se trata apenas de cruzar a linha de chegada em primeiro lugar – qualquer corredor pode fazer isso. O que separa uma vitória comum de uma lendária?
McGrath levou em consideração diversos fatores: táticas ousadas ou não convencionais, margens enfáticas de vitória, contexto da corrida (como superar adversidades ou contrariar as probabilidades), estilo e precedentes históricos. A qualidade dos adversários e o prestígio da prova também pesaram na balança.
Vale destacar que vitórias gerais em Grand Tours não entram nesta lista. Por mais prestigiosas que sejam, elas geralmente resultam de uma etapa decisiva espetacular – e são justamente essas etapas que merecem destaque. Além disso, a ideia era mostrar a versatilidade de Pogačar, evitando a monotonia de listar apenas escapadas solo ou vitórias em etapas montanhosas.
10. Volta a Catalunya 2024 – Etapa 7: O Sprint Que Ninguém Esperava
Pogačar é conhecido por dominar montanhas, cronômetros e escapadas solitárias. Mas um sprint em grupo pequeno? Essa foi uma surpresa até para seus maiores fãs.
Na última etapa da Volta a Catalunya 2024, após uma descida em alta velocidade do Montjuïc em Barcelona, Pogačar venceu um grupo de 23 corredores no sprint. Ele superou Dorian Godon, velocista respeitado que havia batido nomes como Arnaud Démare naquela temporada.
O que tornou essa vitória ainda mais impressionante foi o contexto: veio um dia após uma fuga de 60km em terreno montanhoso. Pogačar dominou quatro das sete etapas da prova WorldTour, com uma margem final de 3min41s sobre Mikel Landa – a maior da Volta desde 1983. Foi a exibição mais dominante de sua carreira em uma prova de uma semana.
“Quando os adversários pensavam que finalmente haviam encontrado algo em que podiam batê-lo, ele provou o contrário”, resume McGrath.
9. Tour de France 2022 – Etapa 17 para Peyragudes: Resiliência Coletiva
Nem sempre as melhores vitórias vêm de domínio absoluto. Às vezes, elas nascem da adversidade. E a etapa 17 do Tour de France 2022 foi exatamente isso para Pogačar e sua equipe UAE Team Emirates.
Naquele ponto da corrida, Pogačar estava em uma posição inédita para ele no Tour: atrás no tempo. Jonas Vingegaard liderava por 2min22s após a reviravolta do Col du Granon. Para piorar, a equipe estava reduzida a apenas quatro corredores devido a Covid-19 e lesões, com Marc Hirschi mancando até a chegada com um joelho machucado.
Não importou. A equipe destroçou a corrida. Mikkel Bjerg estabeleceu um ritmo infernal na Hourquette d’Ancizan, eliminando Adam Yates da Ineos Grenadiers e outros favoritos. Brandon McNulty assumiu o comando no Col de Val Louron-Azet, mantendo pressão constante até que apenas Vingegaard conseguisse acompanhar.
O americano liderou até os últimos metros em Peyragudes, quando Pogačar aplicou o golpe de misericórdia. Embora tenha perdido aquele Tour, venceu aquela batalha específica – uma demonstração de resiliência coletiva contra todas as probabilidades.
8. Amstel Gold Race 2023: Redefinindo os Limites
Para McGrath, esta vitória supera até mesmo as três conquistas de Pogačar na Liège-Bastogne-Liège, por mais marcantes que tenham sido.
Normalmente, quando um corredor é o mais forte, ele acaba marcado pelos adversários e precisa encontrar maneiras alternativas de vencer. Pogačar simplesmente ignora essa lógica. Ele ataca cada vez mais cedo a cada temporada, desafiando os rivais a acompanhá-lo. E tentar antecipar suas jogadas está se tornando impossível.
Na Amstel Gold Race 2023, ele levou uma dúzia de corredores consigo na subida do Cauberg faltando 76km para o final. Mesmo correndo com um pneu furado por um período significativo, nada o deteve. Trocou de bicicleta, voltou calmamente ao grupo na subida seguinte, e seus rivais é que acabaram desinflados.
Seguindo uma dica de Mathieu van der Poel sobre onde atacar, Pogačar desferiu o golpe decisivo no Keutenberg. Ben Healy foi o único a chegar a menos de dois minutos. Para completar, Pogačar ainda bebeu sua meia-caneca de cerveja no pódio de uma só vez.
7. Giro d’Italia 2024 – Etapa 15 para Livigno: Domínio Anunciado
Livigno tem um lugar especial no coração de Pogačar. Foi lá que ele treinou no ar rarefeito das montanhas ao lado de Urška Žigart durante o verão de 2018, nos primeiros dias de seu relacionamento. Anos depois, essas boas memórias foram evocadas em sua conferência de imprensa após vencer no local em 2024.
Na etapa 15 do Giro d’Italia 2024, saindo do selim na penúltima subida do Passo di Foscagno, seus rivais nem tentaram segui-lo. Era como se já soubessem que a tentativa seria inútil.
“Deixamos o Pogi fazer o dele. Uma vez que a diferença abre, todos se entreolham e fica meio irrelevante”, contou Geraint Thomas ao Cyclingnews. “Ele poderia vencer por cinco minutos ou um minuto; nosso grupo não parecia se importar. A disputa era entre nós mesmos.”
Ultrapassando os escapados Nairo Quintana e Georg Steinhauser no caminho para a vitória, Pogačar chegou com quase três minutos de vantagem sobre Thomas e Dani Martínez. Esta exibição dominante tornou praticamente certa uma vitória no Giro que já parecia provável.
Um porém: a ausência de Roglič, Evenepoel e Vingegaard na largada significou que ele não teve os melhores parceiros de dança para um verdadeiro tango nas montanhas italianas.
6. Il Lombardia 2024: O Outono do Campeão
Há dois clichês previsíveis no ciclismo: Pogačar chamar cada temporada de “perfeita” e ele encerrar o ano calendário com uma vitória no Monumento de outubro.
A Il Lombardia 2024 ilustrou perfeitamente o abismo entre o Golias esloveno e o resto do pelotão. Mamma mia: em apenas 1.500 metros após seu ataque na Colma di Sormano, faltando 48km para o final, ele já havia aberto 30 segundos sobre os perseguidores.
Sem dar trégua, dominou a descida molhada, estendeu a vantagem no plano antes da última subida de San Fermo della Battaglia. Era esperado, mas não menos impressionante.
Seu sucesso previsível na “Corrida das Folhas Caídas” não deve ser subestimado. Também é um sinal de sua resistência mental e física, capaz de manter o nível máximo durante toda a temporada.
Cruzando a linha vestindo a camisa de campeão mundial, 3min16s à frente do vice Remco Evenepoel, registrou sua maior margem de vitória em um Monumento – na verdade, a maior da Il Lombardia desde que Eddy Merckx venceu em 1971. Quando se trata de descrever Pogačar, os superlativos estão se esgotando tanto quanto seus competidores.
5. Strade Bianche 2024: 81km de Improviso Genial
Uma fuga solo de 81km contra vento de frente e um longo trecho de asfalto não estava no roteiro, como confirmou o diretor esportivo da UAE Team Emirates-XRG, Andrej Hauptman, a McGrath para o livro “Unstoppable”.
Quando Pogačar deveria ter acelerado faltando 40km para Le Tolfe, ele improvisou. “Às vezes ele muda o plano”, contou Hauptman. “Ele sempre tem esse ‘feeling’. Porque muitas vezes podemos realmente preparar táticas, mas no final, quando você chega a certo ponto da corrida e vê a situação como corredor, você percebe: ‘Uau, este é o momento de ir’.”
Após uma tempestade de granizo e ritmo extenuante, Pogačar observou que seus rivais estavam de quatro. Com o grupo perseguidor se fragmentando, ele teve todo o tempo do mundo para dar o tradicional toque de mão com seu treinador Miha Koncilija ao pé da Via Santa Caterina, chegando em Siena com 2min44s de vantagem sobre Toms Skujinš da Lidl-Trek.
Naquela manhã, a música “Don’t Stop Believin'” do Journey tocava no ônibus da UAE Team Emirates-XRG antes da largada em Auch. Pogačar claramente nunca parou de acreditar.
4. Tour de France 2025 – Etapa 9 para Hautacam: Declaração de Domínio
Todo ano, o astro esloveno entrega uma exibição marcante em uma Grande Volta, cada uma parecendo superar a anterior como bonecas russas. Sua performance em Hautacam superou até mesmo a façanha de 2024 no Plateau de Beille.
Pensando ter algum tempo antes da ação começar, McGrath foi buscar uma bebida na sala de imprensa ao pé da subida final e quase a derrubou ao ver, surpreso, Jhonatan Narváez liderando Pogačar como se estivesse preparando um sprint de pelotão, não uma escalada hors catégorie de 14km.
Então Pogačar pisou nos pedais e sumiu, entregando uma exibição solo para centenas de milhares de fãs à beira da estrada. No final do dia, com Vingegaard e Lipowitz chegando 2min10s e 2min33s atrás como seus perseguidores mais próximos, o Tour estava essencialmente decidido após sua primeira etapa de alta montanha.
Apenas oito outros corredores chegaram dentro de sete minutos. Foi uma demonstração brutal que deu a Pogačar o luxo de jogar na defensiva na última semana – o que acabou sendo necessário, dado os problemas no joelho que só descobriríamos depois.
3. Tour de Flandres 2023: Aprendendo com os Erros
Havia questões não resolvidas e duras lições de sua estreia no Tour de Flandres 2022. Andar ociosamente na frente com Mathieu van der Poel no quilômetro final permitiu que os rivais voltassem, resultando em um quarto lugar que o deixou furioso.
Não houve tal erro na segunda tentativa. Ele estava na ofensiva, forçando o ritmo no Kwaremont, no Koppenberg e novamente na subida final do Kwaremont para se livrar de seu último companheiro, Van der Poel.
Superar seu grande rival em segundo lugar em um de seus inúmeros duelos de Monumentos apenas aumenta o valor de sua conquista. Nem mesmo MVDP consegue lidar com explosões sustentadas de 600 watts repetidamente.
Pogačar se tornou apenas o terceiro vencedor do Tour de France a conquistar o Tour de Flandres. O triunfo cimentou seu status como um corredor moderno que quebra convenções, que não apenas quer participar de todos os tipos de corrida, mas pode vencê-las todas também.
2. Tour de France 2020 – Etapa 20: O Dia em Que Tudo Mudou
Não há muitos momentos assim no esporte, muito menos no ciclismo profissional. Muitos fãs lembrarão onde estavam assistindo quando o que parecia uma formalidade para o até então imperturbável Primož Roglič se transformou em um golpe magistral de Pogačar.
A lógica ditava que o esloveno mais velho tinha a corrida garantida, mas Pogačar tinha outras ideias. Ele começou o dia 57 segundos atrás de Roglič e terminou 59 segundos à frente.
Às vezes, na memória, até parece que foi uma corrida de estrada, não um contrarrelógio. Talvez sejam as bicicletas de estrada usadas, os cortes de câmera da TV e as comparações de tempo que fazem parecer mais uma das debandadas de Pogačar.
La Planche des Belles Filles provavelmente sempre será sinônimo de Pogačar e aquela incrível tarde de final de verão em setembro de 2020. No último momento viável, ele arrancou a vitória no Tour de France em sua estreia.
Esta foi a vitória que mudou tudo, uma vitória de etapa – sua terceira naquele Tour – que deixou até o observador mais calejado de boca aberta. O ciclismo profissional ainda pode surpreender, e nenhum sucesso desde então foi recebido com o mesmo choque por todos, de fãs e jornalistas ao próprio jovem.
“Acho que estou sonhando. Sinto como se minha cabeça estivesse explodindo”, disse Pogačar no rescaldo. “É realmente louco. Eu estava feliz com o segundo lugar, e agora estou aqui com a camisa amarela.”
1. Campeonato Mundial 2024: A Obra-Prima de 101km
Não se engane, Pogačar era o grande favorito para conquistar a camisa de arco-íris em Zurique, mas a maneira da vitória foi encantadora e manteve os espectadores colados na tela por duas horas.
Um ataque de 101km? Até o subjugador esloveno do esporte certamente não poderia fazer isso. Não é à toa que seus rivais recuaram e pensaram que ele estava sendo içado por sua própria petarda.
Compare e contraste com o Mundial de Kigali em 2025: uma exibição suprema, mas o percurso era difícil demais, ideal demais para Pogačar criar um espetáculo competitivo. O percurso suíço e sua jogada audaciosa criaram suspense e nuances em abundância, oferecendo chances para os rivais usarem seu poder de fogo coletivo. Eles conseguiram mantê-lo a um minuto, mas foram incapazes de reabsorvê-lo.
Houve um momento em que Pogačar pareceu perigosamente perto de se desfazer na última volta, mas ele segurou. Após ser engolfado por seus companheiros de equipe além da linha de chegada, houve uma corrida e abraço com Urška Žigart que rivalizou com “Diário de uma Paixão”. Foi cinema puro do início da fuga até o final, a expressão máxima de sua grandeza.
Como disse Luka Mezgec, seu companheiro de equipe naquele dia, a McGrath para “Unstoppable”: “Você pensa que ele não pode mais te surpreender, mas ele ainda tem algo ali para mostrar. Todos nós fazemos ciclismo, mas ele está apenas brincando de ciclismo – o único cara.”
Pogačar em 2025: A Jornada Continua
A temporada 2025 de Pogačar foi ainda mais histórica. Ele se tornou o primeiro ciclista a vencer o Tour de France e o Mundial em dois anos consecutivos (2024 e 2025). Além disso, conquistou o Campeonato Europeu em outubro, adicionando mais um título continental à sua coleção.
Em 2025, repetiu vitórias na Strade Bianche, no Tour de Flandres, na Liège-Bastogne-Liège, na Il Lombardia e conquistou pela segunda vez a Flèche Wallonne. Seu quarto Tour de France veio com atuações dominantes, incluindo aquela memorável etapa para Hautacam.
A grande novidade para a próxima temporada? Pogačar confirmou sua participação na Paris-Roubaix 2025, o único Monumento que ainda não conquistou. Apesar das preocupações de sua equipe com possíveis quedas antes do Tour, o esloveno quer experimentar o “Inferno do Norte”.
Seu trabalho com o novo treinador Javier Sola e o nutricionista Gorka Prieto tem sido fundamental. “Nossa nutrição está quase perfeita agora”, revelou Pogačar. “Anos atrás eu tinha dificuldade em segui-la, mas agora entendo o quanto é importante e a diferença que faz na performance.”
O Segredo Por Trás da Dominância
Como Pogačar continua superando a si mesmo? Segundo seu treinador de performance Iñigo San Millán e outros membros de sua equipe, é uma combinação de fatores:
- Capacidade de recuperação excepcional: Pogačar assimila cargas de treino muito maiores e em ritmo mais rápido que outros corredores
- Foco 24/7 na performance: Profissionalismo impecável e atenção meticulosa aos detalhes
- Treino de força inovador: Trabalho com Alexandre Baccili para fortalecer o chassi além do motor
- Intervalos de alta intensidade: Novo programa focado em melhorar produção de torque máximo
- Aclimatação ao calor: Preparação específica para diferentes condições climáticas
“Ele tem uma capacidade incrível de treinar, recuperar e se adaptar”, explica San Millán. “Comparado a outros corredores, ele é capaz de assimilar muito mais carga em ritmo tão rápido que consegue atingir o pico de forma muito rapidamente.”
Comparações com Eddy Merckx
A temporada 2024 de Pogačar foi comparada favoravelmente à lendária temporada de 1972 de Eddy Merckx, considerada a melhor da carreira do Canibal. Ambos conquistaram o duplo Giro-Tour e múltiplos Monumentos.
Após o Mundial de 2024, onde Pogačar atacou solo por 100km, o próprio Merckx declarou ao L’Équipe: “É óbvio que ele agora está acima de mim.” Embora tenha posteriormente esclarecido que se referia especificamente àquela performance do Mundial, o elogio do maior de todos os tempos fala volumes.
Bernard Hinault, pentacampeão do Tour, foi ainda mais direto após a vitória de Pogačar no Giro 2024: “Ele é como eu e Merckx”, citando a dominância e estilo de corrida do esloveno.
O Que Vem a Seguir?
A grande questão que paira sobre o mundo do ciclismo: o que Pogačar vencerá em seguida? O único Grand Tour que falta em seu palmarés é a Vuelta a España. Comentaristas especulam sobre uma possível tentativa do duplo Tour-Vuelta, embora ele tenha pulado a Vuelta 2025 citando fadiga.
Entre os Monumentos, a Milão-San Remo é considerada por muitos como a mais difícil de vencer para ele, dado o perfil relativamente plano. Mas subestimar Pogačar provou ser um erro consistente nos últimos anos.
Pogačar sempre foi aberto sobre seus planos de longo prazo: não pretende correr até os 40. “Eu amo ciclismo e correr; faço isso desde os nove anos”, disse à Gazzetta dello Sport. “Mas o que me motiva mais do que qualquer coisa é ver até onde posso me desafiar para melhorar. Treinar, correr, tudo. Encontrar novas maneiras de seguir em frente, de permanecer no topo. Em resumo: permanecer a melhor versão de mim mesmo.”
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Tadej Pogačar
1. Quantas vitórias Tadej Pogačar tem na carreira profissional?
Pogačar ultrapassou a marca de 100 vitórias profissionais durante o Tour de France 2025, apenas seis anos e meio após sua primeira vitória como profissional. Esse número continua crescendo a cada temporada.
2. Quantos Tours de France Pogačar já venceu?
Pogačar conquistou quatro títulos do Tour de France: 2020 (em sua estreia), 2021, 2024 e 2025. Em sua primeira vitória, tornou-se o segundo ciclista mais jovem a vencer a prova.
3. Qual é a vitória mais impressionante de Pogačar?
Segundo Andy McGrath, autor de “Unstoppable”, a vitória mais impressionante foi no Campeonato Mundial de 2024, onde atacou solo faltando 101km para o final em Zurique. A combinação de ousadia tática, espetáculo proporcionado e significado histórico a colocam no topo.
4. Pogačar já venceu todos os cinco Monumentos?
Ainda não. Pogačar conquistou Tour de Flandres (2 vezes), Liège-Bastogne-Liège (3 vezes) e Il Lombardia (5 vezes). Ele ainda não venceu a Milão-San Remo nem a Paris-Roubaix, embora esteja confirmado para disputar Roubaix em 2025.
5. Quantas vezes Pogačar foi campeão mundial?
Pogačar conquistou dois títulos mundiais consecutivos na prova de estrada: 2024 (em Zurique, Suíça) e 2025 (em Kigali, Ruanda). Ele é o primeiro ciclista a vencer o Tour de France e o Mundial em dois anos seguidos.
6. Qual foi a margem de vitória mais impressionante de Pogačar?
Na Il Lombardia 2024, Pogačar venceu com 3min16s de vantagem sobre Remco Evenepoel – a maior margem em um Monumento desde que Eddy Merckx venceu a mesma prova em 1971. Na Volta a Catalunya 2024, sua margem foi de 3min41s, a maior da corrida desde 1983.
7. Pogačar corre por qual equipe?
Pogačar corre pela UAE Team Emirates-XRG (anteriormente UAE Team Emirates) desde 2019, quando iniciou sua carreira profissional. Ele está contratado com a equipe até 2030.
8. Qual é o segredo do sucesso de Pogačar?
O sucesso de Pogačar resulta de uma combinação de fatores: capacidade excepcional de recuperação, profissionalismo 24/7, trabalho com treinadores de elite (Javier Sola) e nutricionistas (Gorka Prieto), programa de treino de força, intervalos de alta intensidade e aclimatação ao calor. Mas seu talento natural e mentalidade vencedora são fundamentais.
9. Pogačar já venceu o Giro d’Italia?
Sim, Pogačar conquistou o Giro d’Italia em 2024, completando o duplo Giro-Tour no mesmo ano. Ele venceu seis etapas durante aquela edição, incluindo a memorável vitória solo em Livigno.
10. Como Pogačar se compara a Eddy Merckx?
As comparações são inevitáveis. A temporada 2024 de Pogačar foi comparada à lendária temporada de 1972 de Merckx – ambos venceram o duplo Giro-Tour e múltiplos Monumentos. O próprio Merckx reconheceu a grandeza de Pogačar, dizendo que em determinados aspectos ele já superou o Canibal. Pogačar é único na história por conquistar a Tripla Coroa (Giro, Tour e Mundial) e dois Monumentos no mesmo ano.
11. Pogačar vai tentar vencer a Vuelta a España?
A Vuelta é o único Grand Tour que falta no palmarés de Pogačar. Embora tenha pulado a edição de 2025 devido à fadiga, muitos especulam que ele eventualmente tentará o duplo Tour-Vuelta para completar sua coleção de Grand Tours.
12. Quem é a namorada de Pogačar?
Pogačar namora Urška Žigart, também ciclista profissional eslovena. Os dois estão juntos desde 2018 e compartilham a paixão pelo ciclismo. O abraço emocionante entre eles após a vitória no Mundial de 2024 se tornou um dos momentos mais memoráveis da temporada.
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