No universo do ciclismo profissional, poucos nomes brilham com a intensidade de Tadej Pogačar. O jovem esloveno, nascido em Komenda em 21 de setembro de 1998, transformou-se em apenas alguns anos numa das maiores lendas vivas do esporte, conquistando títulos que muitos ciclistas sonham a vida inteira. Sua história não é apenas sobre vitórias – é sobre como um garoto que começou a pedalar aos nove anos revolucionou o ciclismo moderno.
Os Primeiros Pedais: De Komenda ao Estrelato
A jornada de Pogačar no ciclismo começou de forma quase acidental em 2007, quando aos nove anos ele acompanhou seu irmão Tilen a uma corrida local. O que deveria ser apenas um passeio transformou-se em paixão. “Eu imediatamente vi que Tadej era diferente de outros ciclistas”, revelou seu agente Alex Carera em entrevista ao Wieler Revue. “Com apenas 18 anos, ele já tinha ideias cristalinas sobre onde queria chegar: o topo absoluto”.

Nos anos seguintes, o jovem esloveno dedicou-se intensamente ao desenvolvimento de suas habilidades. Aos 17 anos, em 2016, já demonstrava seu talento excepcional ao conquistar o segundo lugar no Campeonato Mundial Sub-23 de contrarrelógio, sinalizando que um grande talento estava surgindo.
2018: O Verão que Mudou Tudo
O verão de 2018 marcou um ponto de virada definitivo na carreira de Pogačar. Competindo pela equipe amadora Ljubljana Gusto Xaurum, ele protagonizou performances que chamaram a atenção do pelotão profissional mundial.

Em junho daquele ano, durante a Peace Race Sub-23 – parte do prestigiado Nations Cup -, Pogačar demonstrou sua coragem característica. Na última etapa, sob chuva torrencial, ele atacou audaciosamente sobre duas subidas e 35 quilômetros, atravessando sozinho até a cidade tcheca de Jeseník. Partindo da sexta posição, saltou direto para a liderança geral, conquistando sua primeira vitória internacional de grande repercussão.
Mesmo anos depois, após conquistar o Tour de France, Pogačar ainda recordava aquele dia como sua melhor memória de corrida ofensiva – um testemunho da importância daquela vitória para sua formação.
Tour da Eslovênia: Demonstração de Versatilidade
Durante o Tour da Eslovênia de 2018, Pogačar já exibia as características que o tornariam especial. Seu companheiro de equipe Ben Hill relembra a personalidade única do jovem talento: “Eu estava deitado na cama uma noite e Pogačar entrou às 10h30 distribuindo palitos de pizza. Ele disse: ‘Esta cidade tem os melhores palitos de pizza, você precisa provar’. Eu respondi: ‘Cara, temos corrida amanhã, o que você está fazendo?’ Ele era tão relaxado sobre isso… a vida parecia muito fácil para ele. Vencer corridas, se divertir, sem problemas”.
Apesar de sua natureza descontraída, Pogačar nunca hesitava em trabalhar para seus companheiros. Hill recorda uma ocasião memorável: “Lembro da primeira etapa do Friuli, havia uns 20 de nós chegando ao final, e ele passou os últimos 20 km perseguindo cada ataque para mim porque disse ‘Ben, você é velocista, pode vencer isso’. Ele estava totalmente comprometido em me ajudar, liderando meu trem, mesmo sendo ele quem ia vencer o tour geral”.
Essa dedicação aos companheiros, combinada com talento excepcional, conquistou o respeito de todos ao seu redor. Tim Guy, outro companheiro de equipe, observou: “Fora da bike, você não tinha a ideia desse cara incrivelmente obstinado, egoísta e direcionado. Não era essa a vibração que ele passava. Lembro de fazer entrevistas com ele e você simplesmente ri”.
Tour de l’Avenir: O Trampolim para o Profissionalismo
O grande teste veio no Tour de l’Avenir, conhecido como o “Tour de France do futuro” por ser o principal palco de revelação de jovens talentos. Pogačar não apenas participou – ele dominou completamente a corrida, conquistando a vitória geral e consolidando sua reputação como um dos maiores prospectos do ciclismo mundial.

Essa performance chamou a atenção da UAE Team Emirates, que imediatamente ofereceu ao esloveno um contrato profissional para a temporada de 2019. O restante, como dizem, é história.
2019: Estreia Profissional de Impacto
A transição para o ciclismo profissional geralmente exige um período de adaptação, mas Pogačar parecia ter nascido para isso. Em sua primeira temporada no WorldTour, ele conquistou vitórias impressionantes que sinalizavam seu imenso potencial.

Logo no início do ano, venceu a Volta ao Algarve e o Tour da Califórnia, duas corridas de prestígio que confirmaram sua capacidade de competir com os melhores. Mas foi na Vuelta a España, sua primeira Grande Volta, que Pogačar verdadeiramente anunciou sua chegada ao cenário mundial.
Conquistou três vitórias de etapa e terminou em terceiro lugar na classificação geral, a apenas 20 anos de idade. O desempenho foi tão impressionante que muitos especialistas já o apontavam como futuro vencedor do Tour de France – uma previsão que se confirmaria mais rápido do que qualquer um poderia imaginar.
2020: A Conquista Histórica do Tour de France
Se 2019 foi impressionante, 2020 foi simplesmente extraordinário. O ano da pandemia trouxe um calendário alterado, com o Tour de France realizado em agosto-setembro ao invés de julho. Para Pogačar, o timing foi perfeito.

Durante a maior parte da corrida, seu compatriota Primož Roglič parecia destinado a conquistar o título. Pogačar lutava bravamente, mas estava a 57 segundos do líder antes da penúltima etapa – um contrarrelógio individual de 36 quilômetros até La Planche des Belles Filles.
O que aconteceu naquele sábado, 19 de setembro de 2020, entrou para a história do ciclismo. Pogačar produziu uma das performances mais devastadoras já vistas em um contrarrelógio de Grande Volta, demolindo todos os seus rivais e conquistando 1 minuto e 56 segundos sobre Roglič. De um golpe magistral, ele roubou a camisa amarela, venceu a etapa e garantiu sua primeira vitória no Tour de France.
Aos 21 anos e 364 dias, tornou-se o segundo ciclista mais jovem a vencer o Tour (apenas atrás de Henri Cornet em 1904, quando a corrida tinha formato completamente diferente). Além da classificação geral, conquistou também a camisa de bolinhas vermelhas (montanhas) e a camisa branca (melhor jovem), um feito raro que demonstrava sua superioridade absoluta.
2021: Bicampeonato e Consolidação
Com a pressão de confirmar que 2020 não havia sido um acaso, Pogačar retornou ao Tour de France de 2021 ainda mais forte. Desta vez, não havia suspense – ele dominou a corrida do início ao fim.
Conquistou três vitórias de etapa, incluindo dois contrarrelógios e uma chegada épica no Mont Ventoux, e venceu novamente as três classificações: geral, montanhas e jovem. Sua margem de vitória sobre o segundo colocado foi de mais de cinco minutos, uma dominação raramente vista no Tour moderno.
Além do Tour, 2021 trouxe outras conquistas significativas: vitória no UAE Tour, Tirreno-Adriatico, Liège-Bastogne-Liège (sua primeira Monumento), medalha de bronze olímpica em Tóquio e o primeiro de seus cinco consecutivos títulos no Il Lombardia.
2022-2023: Anos de Batalha e Aprendizado
Os anos de 2022 e 2023 trouxeram um novo desafio para Pogačar: a ascensão de Jonas Vingegaard. O dinamarquês da Jumbo-Visma (atual Visma-Lease a Bike) desenvolveu-se em um rival formidável, conquistando o Tour de France em ambas as temporadas.
Embora tenha ficado em segundo lugar no Tour nesses dois anos, Pogačar manteve-se imensamente produtivo. Em 2022, conquistou o UAE Tour, Tirreno-Adriatico, Strade Bianche e seu segundo Il Lombardia. Em 2023, adicionou vitórias na Paris-Nice, Tour das Flandres, Amstel Gold Race, La Flèche Wallonne e mais um Il Lombardia.
Essas temporadas demonstraram a maturidade de Pogačar. Em vez de se abater com as derrotas no Tour, ele expandiu seu repertório, conquistando Monumentos e clássicas que haviam eludido muitos campeões do Tour ao longo da história.
2024: A Temporada Para a História
Se as pessoas achavam que já haviam visto o melhor de Pogačar, a temporada de 2024 provou que ele era capaz de ainda mais. O esloveno protagonizou uma das maiores temporadas individuais da história do ciclismo profissional moderno.
Giro d’Italia: Estreia Dominante
Pogačar fez sua estreia no Giro d’Italia de 2024 e imediatamente demonstrou que veio para vencer. Desde a segunda etapa, quando conquistou a maglia rosa no Santuário de Oropa, ele nunca mais a largou.
Durante as três semanas da Corsa Rosa, Pogačar conquistou seis vitórias de etapa e terminou com uma vantagem esmagadora de quase 10 minutos sobre o segundo colocado em Roma. A dominação foi tão completa que lembrou os grandes campeões do passado.
Tour de France: O Doblete Histórico
Após o Giro, muitos questionavam se Pogačar teria energia para competir no Tour de France, que começaria apenas sete semanas depois. A resposta veio de forma devastadora.
O esloveno liderou a corrida praticamente do início ao fim, conquistando seis vitórias de etapa, incluindo três consecutivas no final da corrida. Sua vantagem final sobre Vingegaard foi de mais de seis minutos, consolidando seu retorno ao topo do ciclismo mundial.
Ao vencer Giro e Tour no mesmo ano, Pogačar juntou-se a um grupo exclusivo de apenas sete ciclistas na história que conquistaram o doblete Giro-Tour. O último havia sido Marco Pantani em 1998, 26 anos antes.
Campeonato Mundial: A Camisa Arco-Íris
Como se o doblete Giro-Tour não fosse suficiente, Pogačar conquistou em setembro o Campeonato Mundial de Estrada em Zurique, Suíça. Com um ataque audacioso e solitário, ele cruzou a linha de chegada com os braços abertos, garantindo a prestigiada camisa arco-íris de campeão mundial.
Il Lombardia: Fechando com Chave de Ouro
Para encerrar sua temporada histórica, Pogačar conquistou seu quarto Il Lombardia consecutivo em outubro, igualando o recorde de Fausto Coppi estabelecido 75 anos antes. Com um ataque a 50 quilômetros da chegada na Colma di Sormano, ele selou uma vitória que o tornou o primeiro ciclista a vencer Giro, Tour, Mundial e Il Lombardia no mesmo ano.
A temporada de 2024 foi comparada às lendárias campanhas de Eddy Merckx nos anos 1970, estabelecendo Pogačar como um dos maiores ciclistas de todos os tempos ainda aos 26 anos de idade.
2025: Mantendo a Hegemonia
A temporada de 2025 começou com Pogačar demonstrando que não houve relaxamento após o ano mágico de 2024. No UAE Tour, conquistou duas etapas e sua terceira classificação geral na corrida de casa de sua equipe.
Na primavera europeia, Pogačar novamente brilhou nas clássicas. Conquistou sua terceira Strade Bianche, adicionou mais uma La Flèche Wallonne e, de forma impressionante, venceu seu segundo Tour das Flandres, consolidando-se como um dos poucos ciclistas capazes de vencer tanto em Grandes Voltas quanto em Monumentos.
Liège-Bastogne-Liège: Terceira Vitória
Em abril de 2025, Pogačar conquistou sua terceira Liège-Bastogne-Liège, a “Doyenne” das clássicas. Com ataques calculados nas subidas finais, ele demonstrou novamente sua superioridade nos terrenos acidentados das Ardenas.
Tour de France 2025: Tetracampeão
No Tour de France de 2025, Pogačar conquistou seu quarto título, igualando lendas como Christopher Froome e estabelecendo-se definitivamente entre os maiores da história. Com 21 vitórias de etapa acumuladas no Tour, ele demonstra uma dominação raramente vista no século XXI.
Campeonato Mundial 2025: Defesa em Kigali
O Campeonato Mundial de 2025 trouxe um desafio único: pela primeira vez na história, a prova seria realizada em solo africano, em Kigali, Ruanda. O percurso, descrito pelo presidente da UCI David Lappartient como “provavelmente o mais difícil da história dos Mundiais”, apresentava 267,5 quilômetros com impressionantes 5.400 metros de desnível acumulado.
Pogačar chegou determinado a defender seu título, após ter optado por não correr a Vuelta e focar na preparação específica para o Mundial. Embora tenha ficado em quarto lugar no contrarrelógio individual (vencido por Remco Evenepoel), o esloveno mantinha-se confiante para a prova de estrada.
Il Lombardia 2025: Quinto Título Consecutivo
Em outubro de 2025, Pogačar conquistou seu quinto Il Lombardia consecutivo, superando o recorde histórico de Fausto Coppi e estabelecendo uma nova marca na história da “Clássica das Folhas Cadentes”. A vitória consolidou sua posição como o maior especialista da prova na era moderna.
O Estilo Pogačar: Gamificação e Liberdade Tática
Um aspecto fascinante da carreira de Pogačar é a filosofia de treinamento que o moldou. Tim Guy, seu ex-companheiro, acredita que o sucesso do esloveno deve-se parcialmente à abordagem do KD Rog, seu clube de desenvolvimento, que “gamificou” o treinamento ao invés de impor estrutura rígida.
“Você pode tentar forçar alguém a ser um robô, e provavelmente não vai querer ele como robô”, explicou Guy. “Você quer que ele faça movimentos estúpidos com 80 km para o final. Você poderia facilmente tirar isso de alguém… você podia ver aquela personalidade, e parece que ela permaneceu”.
Essa liberdade tática é evidente nas corridas de Pogačar. Diferente de muitos campeões modernos que seguem planos rígidos, o esloveno frequentemente improvisa, atacando quando a oportunidade surge ao invés de esperar momentos pré-determinados. Essa espontaneidade, combinada com talento excepcional, tornou-o praticamente impossível de prever e defender.
Características Técnicas e Pontos Fortes
O que torna Pogačar especial não é apenas um atributo, mas uma combinação rara de qualidades:
- Escalada excepcional: Capaz de acompanhar os melhores puros escaladores nas montanhas mais duras do mundo
- Contrarrelógio devastador: Um dos melhores cronometristas do pelotão, frequentemente ganhando minutos sobre rivais
- Explosividade: Capacidade de produzir acelerações devastadoras em subidas curtas
- Recuperação extraordinária: Demonstrada especialmente no doblete Giro-Tour de 2024
- Versatilidade: Capaz de vencer em Monumentos de paralelepípedos, clássicas de um dia e Grandes Voltas
- Inteligência tática: Sabe quando atacar e quando economizar energia
- Mentalidade vencedora: Confiança inabalável mesmo nas situações mais adversas
Vida Pessoal e Interesses
Apesar da dedicação total ao ciclismo, Pogačar sempre manteve equilíbrio. Em entrevista de 2019, ele refletiu: “Às vezes pensava que o ciclismo estava me fazendo perder toda a diversão. Mas no final, vale a pena colocar tanto esforço no que você ama fazer. O ciclismo me deu uma vida muito especial. Sem uma bike e colegas ciclistas, eu provavelmente estaria entediado”.
O esloveno é conhecido por sua personalidade descontraída fora das corridas. Frequentava ocasionalmente o Bar Julija em Domžale com amigos após treinos, e participava de festas ocasionais, mantendo um equilíbrio saudável entre profissionalismo e vida social.
A Relação com Primož Roglič
A relação entre Pogačar e seu compatriota Primož Roglič tem sido objeto de intensa especulação. Embora ambos sejam eslovenos, seguiram caminhos diferentes no ciclismo, com Roglič tendo começado como saltador de esqui antes de migrar para o ciclismo.
O momento definitivo entre ambos veio no Tour de France 2020, quando Pogačar arrebatou a vitória de Roglič no contrarrelógio final. Desde então, mantêm uma relação respeitosa mas distante, raramente competindo diretamente já que Roglič focou-se na Vuelta a España enquanto Pogačar domina o Tour de France.
O Contrato Vitalício e o Futuro
Em 2024, Pogačar assinou um contrato recorde com a UAE Team Emirates que o manterá na equipe até 2030, com salário anual estimado em €8,4 milhões – o maior da história do ciclismo profissional. O acordo demonstra a confiança mútua entre ciclista e equipe que o descobriu.
Sobre seus objetivos futuros, Pogačar mantém ambições elevadas mas realistas: “Eu gostaria de correr as três Grandes Voltas um dia, mas há 30 ciclistas na equipe, e não posso correr tudo”, declarou recentemente. Sua prioridade para 2026 e além inclui defender seus títulos no Tour de France e Mundial, além de potencialmente tentar o triplo coroa (Giro, Tour e Vuelta no mesmo ano), algo jamais alcançado na era moderna.
Comparações Históricas: Pogačar vs. as Lendas
Com apenas 27 anos (em 2025), Pogačar já acumulou conquistas que o colocam entre os maiores ciclistas de todos os tempos. Comparações com Eddy Merckx, amplamente considerado o maior de todos os tempos, são inevitáveis.
Ambos compartilham características marcantes: versatilidade para vencer qualquer tipo de corrida, capacidade de dominar completamente uma temporada e mentalidade agressiva que privilegia o ataque. A temporada de 2024 de Pogačar foi frequentemente comparada aos anos de ouro de Merckx nos anos 1970.
Embora ainda tenha anos de carreira pela frente, Pogačar já superou muitos marcos que eludiram outros grandes campeões. Se mantiver o nível atual, poderá aposentar-se como o maior ciclista da história do esporte.
O Legado em Construção
A história de Tadej Pogačar está longe de terminar. Aos 27 anos, ele ainda está no auge de suas capacidades físicas, com potencial para muitas mais temporadas de sucesso. Cada corrida que disputa, cada ataque que lança, cada vitória que conquista adiciona mais um capítulo a uma carreira que já é lendária.
Do garoto de Komenda que começou a pedalar aos nove anos ao tetracampeão do Tour de France, bicampeão mundial e detentor de múltiplos Monumentos, Pogačar representa a evolução do ciclista moderno – talentoso, versátil, corajoso e, acima de tudo, apaixonado pelo esporte.
Para os fãs de ciclismo, acompanhar a carreira de Pogačar é testemunhar a história sendo escrita em tempo real. Para o próprio esporte, ele é um presente – um atleta que não apenas vence, mas o faz com um estilo que inspira e emociona milhões ao redor do mundo.
Perguntas Frequentes sobre Tadej Pogačar
1. Quantos anos tem Tadej Pogačar?
Tadej Pogačar nasceu em 21 de setembro de 1998 em Komenda, Eslovênia. Em 2025, ele completou 27 anos, estando ainda no auge de sua carreira profissional e com muitos anos produtivos pela frente.
2. Quantas vezes Pogačar venceu o Tour de France?
Pogačar conquistou o Tour de France quatro vezes: em 2020 (aos 21 anos, tornando-se um dos mais jovens vencedores da história), 2021, 2024 e 2025. Ele também acumulou 21 vitórias de etapa ao longo dessas quatro participações vitoriosas, demonstrando dominação absoluta na maior corrida do mundo.
3. Qual foi a vitória mais impressionante de Pogačar?
Embora todas suas vitórias sejam impressionantes, muitos especialistas consideram o doblete Giro d’Italia-Tour de France de 2024 como seu maior feito. Vencer as duas maiores Grandes Voltas no mesmo ano, com apenas sete semanas de intervalo, era algo que não acontecia desde 1998 (Marco Pantani) e demonstrou sua extraordinária capacidade de recuperação e consistência.
4. Pogačar já venceu as três Grandes Voltas?
Não. Pogačar venceu o Giro d’Italia (2024) e o Tour de France (2020, 2021, 2024, 2025), mas ainda não conquistou a Vuelta a España. Em sua estreia na Vuelta em 2019, terminou em terceiro lugar com três vitórias de etapa. Vencer a Vuelta permanece como um dos poucos objetivos importantes que ainda não alcançou em sua carreira.
5. Quantas vezes Pogačar foi campeão mundial?
Pogačar conquistou o Campeonato Mundial de Estrada duas vezes: em 2024 (Zurique, Suíça) e defendeu o título com sucesso em 2025 (Kigali, Ruanda), tornando-se um dos poucos ciclistas a conquistar títulos mundiais consecutivos na era moderna do ciclismo profissional.
6. Quais Monumentos Pogačar já venceu?
Pogačar conquistou três dos cinco Monumentos do ciclismo: Liège-Bastogne-Liège (2021, 2024, 2025), Tour das Flandres (2023, 2025) e Il Lombardia (2021, 2022, 2023, 2024, 2025 – cinco títulos consecutivos, recorde histórico). Os dois Monumentos que ainda não venceu são Milan-San Remo e Paris-Roubaix, embora tenha ficado próximo em ambas.
7. Qual é o salário de Tadej Pogačar?
Pogačar assinou em 2024 um contrato recorde com a UAE Team Emirates que o manterá na equipe até 2030, com salário anual estimado em aproximadamente €8,4 milhões – o maior da história do ciclismo profissional. Esse valor não inclui bônus por vitórias, que podem adicionar milhões adicionais anualmente.
8. Como Pogačar começou no ciclismo?
Pogačar começou a pedalar aos nove anos de idade em 2007, quando acompanhou seu irmão mais velho Tilen a uma corrida local em Komenda, Eslovênia. O que era para ser apenas um passeio transformou-se em paixão, e desde então ele dedicou-se intensamente ao desenvolvimento de suas habilidades até chegar ao profissionalismo em 2019.
9. Pogačar e Roglič são amigos?
A relação entre Pogačar e Primož Roglič é respeitosa mas distante. Embora ambos sejam eslovenos e compatriotas, há certa tensão desde o Tour de France 2020, quando Pogačar arrebatou a vitória de Roglič no contrarrelógio final. Eles mantêm profissionalismo mas raramente competem diretamente, já que seguiram caminhos diferentes no calendário profissional.
10. Quem são os principais rivais de Pogačar?
Os principais rivais de Pogačar no circuito profissional incluem Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que o derrotou no Tour de France em 2022 e 2023; Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), campeão mundial de contrarrelógio e vencedor da Vuelta; e Primož Roglič, seu compatriota esloveno. Outros competidores fortes incluem ciclistas como Egan Bernal, Richard Carapaz e a nova geração de talentos emergentes.
11. Pogačar pode superar os recordes de Eddy Merckx?
Com apenas 27 anos e já tendo conquistado quatro Tours de France, dois títulos mundiais e múltiplos Monumentos, Pogačar está em trajetória para potencialmente superar muitos dos recordes de Eddy Merckx. Se mantiver o nível atual de desempenho por mais 5-8 anos, poderá disputar o título de maior ciclista de todos os tempos. Seu doblete Giro-Tour de 2024 e temporada dominante foram comparados diretamente aos anos de ouro de Merckx.
12. Qual é a maior fraqueza de Pogačar?
Identificar fraquezas significativas em Pogačar é extremamente difícil, já que ele é excepcionalmente versátil. Se houver algum ponto menos forte, seria em sprints massivos em terreno completamente plano, onde velocistas puros têm vantagem. Porém, mesmo nessas situações, ele frequentemente consegue se posicionar bem entre os melhores. Sua versatilidade excepcional – escalada, contrarrelógio, clássicas de paralelepípedo – o torna um ciclista praticamente completo.
13. Pogačar já sofreu alguma lesão grave?
Pogačar tem tido sorte em sua carreira profissional, evitando lesões graves que afastaram muitos de seus contemporâneos. Sua maior adversidade foi a quebra de pulso esquerdo no Tour das Flandres de 2022, que o forçou a abandonar a corrida. No entanto, ele se recuperou rapidamente e manteve excelente forma durante o restante da temporada, demonstrando resiliência física e mental impressionantes.
14. Qual é a filosofia de treinamento de Pogačar?
A filosofia de treinamento de Pogačar, desenvolvida em sua juventude no clube KD Rog, baseia-se em “gamificação” ao invés de estrutura rígida. Ele tem liberdade para atacar quando sente oportunidade, ao invés de seguir planos pré-determinados. Essa abordagem preservou sua espontaneidade e criatividade nas corridas, características que o tornam difícil de prever e defender. Seu lema pessoal resume bem: “Vencer corridas, se divertir, sem problemas”.
15. Quais são os objetivos futuros de Pogačar?
Para o futuro, Pogačar mantém ambições elevadas: conquistar a Vuelta a España (completando o triplo coroa das Grandes Voltas), vencer Milan-San Remo e Paris-Roubaix (completando os cinco Monumentos), potencialmente tentar o triplo Giro-Tour-Vuelta no mesmo ano (jamais alcançado na era moderna), e continuar acumulando títulos no Tour de France, onde pode potencialmente alcançar ou superar os recordes históricos de Jacques Anquetil, Eddy Merckx, Bernard Hinault e Miguel Indurain (cinco títulos cada).

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