O ciclismo, sendo um dos esportes mais desafiadores e exigentes do mundo, frequentemente enfrenta questões relacionadas ao uso de substâncias para melhorar o desempenho.
Entre essas, a droga mais usada é a eritropoetina, mais conhecida como EPO.
Vamos entender melhor o que é a EPO, como ela funciona, e por que é tão prevalente no ciclismo.
➥ O Que é a Eritropoetina (EPO)?
A eritropoetina é um hormônio natural produzido pelos rins que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. Os glóbulos vermelhos são responsáveis por transportar oxigênio dos pulmões para os músculos e outros tecidos do corpo.
Com mais glóbulos vermelhos, o corpo pode transportar mais oxigênio, aumentando a resistência e a capacidade aeróbica dos atletas.
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➥ Como a EPO Funciona no Ciclismo?
A EPO sintética, usada ilegalmente, é administrada aos ciclistas para aumentar a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue.
Este aumento permite que os ciclistas mantenham um ritmo mais intenso por mais tempo, retardando a fadiga e melhorando significativamente o desempenho em provas de longa duração, como o Tour de France.
A prática de usar EPO é conhecida como doping sanguíneo.
➥ História e Uso da EPO no Ciclismo
O uso de EPO no ciclismo ganhou notoriedade nos anos 90 e início dos anos 2000. Muitos ciclistas de alto nível, incluindo vencedores de grandes competições, foram posteriormente desmascarados por uso de EPO.
Casos emblemáticos como o de Lance Armstrong, que perdeu todos os seus títulos do Tour de France, evidenciaram a extensão do problema.
➥ Riscos e Efeitos Colaterais
O uso de EPO, além de ser ilegal e antiético, apresenta sérios riscos à saúde. O aumento excessivo de glóbulos vermelhos pode levar ao espessamento do sangue, aumentando o risco de coágulos, derrames e ataques cardíacos.
O uso não supervisionado de EPO pode ser fatal, especialmente em atletas que já possuem uma alta demanda cardiovascular.
➥ Medidas Contra o Doping
Organizações como a União Ciclística Internacional (UCI) e a Agência Mundial Antidoping (WADA) implementaram rigorosos programas de teste e políticas antidoping para combater o uso de EPO e outras substâncias proibidas.
Testes de sangue e urina, junto com o passaporte biológico (um registro eletrônico das variáveis biológicas de um atleta ao longo do tempo), são ferramentas usadas para detectar irregularidades que possam indicar doping.
➥ Conclusão
A EPO continua sendo uma das drogas mais usadas no ciclismo devido à sua eficácia em melhorar a performance.
No entanto, os esforços contínuos das autoridades esportivas e a crescente conscientização sobre os riscos para a saúde e a integridade do esporte são passos importantes para erradicar o doping.
O ciclismo deve continuar a evoluir e se manter vigilante para garantir que as competições sejam justas e seguras para todos os atletas.
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