Qual a velocidade máxima atingida no Tour de France?

 

Qual a velocidade máxima atingida no Tour de France?

O Tour de France é, sem dúvida, uma das competições de ciclismo mais desafiadoras e prestigiadas do mundo. A corrida, que abrange milhares de quilômetros em diferentes terrenos e condições climáticas, exige não apenas resistência, mas também velocidade, técnica e estratégia. Uma das perguntas mais comuns sobre o Tour de France é: qual a velocidade máxima que um ciclista pode atingir durante a competição? Neste artigo, vamos explorar em detalhes esse tema, analisando não apenas as velocidades máximas, mas também os fatores que as influenciam.

Velocidade Média no Tour de France

Antes de entrarmos nas velocidades máximas, é importante entender a velocidade média que os ciclistas mantêm ao longo das etapas. Durante o Tour de France, a média de velocidade varia de acordo com o terreno. Nas etapas planas, onde os ciclistas podem manter um ritmo constante, a velocidade média geralmente fica entre 40 km/h e 45 km/h. Em contraste, nas etapas de montanha, essa média pode cair para cerca de 25 km/h a 30 km/h, devido às inclinações íngremes.

No entanto, vale destacar que a velocidade média geral do vencedor do Tour de France tem aumentado ao longo dos anos. Em 2020, por exemplo, Tadej Pogačar venceu a competição com uma velocidade média de 39,8 km/h, estabelecendo um novo recorde.

Velocidade Máxima em Descidas

É nas descidas das montanhas que os ciclistas conseguem atingir as velocidades mais altas no Tour de France. As descidas são oportunidades para ganhar tempo e vantagem sobre os concorrentes, e os ciclistas profissionais sabem tirar o máximo proveito disso. Em descidas íngremes, como as encontradas nos Alpes ou nos Pirenéus, a velocidade máxima pode ultrapassar os 90 km/h.

Ciclistas experientes como Chris Froome e Vincenzo Nibali são conhecidos por atingir velocidades impressionantes durante as descidas. Um dos momentos mais memoráveis foi quando Nibali alcançou 101,5 km/h na descida do Col de Vars durante a edição de 2019. Essas velocidades são possíveis graças à combinação de técnicas avançadas de ciclismo, equipamentos de alta performance e, claro, muita coragem.

Fatores que Influenciam a Velocidade

Terreno

O terreno desempenha um papel crucial na velocidade que os ciclistas podem atingir. Como mencionado anteriormente, nas etapas planas, os ciclistas mantêm uma velocidade média elevada devido à menor resistência ao rolamento e à menor necessidade de esforço nas subidas. Já nas descidas, a gravidade age a favor dos ciclistas, permitindo que eles acelerem de forma significativa.

Por outro lado, nas subidas íngremes, a velocidade diminui drasticamente. Em algumas montanhas, como o famoso Mont Ventoux, os ciclistas podem enfrentar inclinações superiores a 10%, o que faz com que a velocidade caia para menos de 15 km/h em alguns pontos.

Condições Climáticas

O clima é outro fator importante. Em dias com vento a favor, os ciclistas podem ganhar uma vantagem significativa, atingindo velocidades mais altas nas etapas planas. Por outro lado, ventos contrários podem reduzir a velocidade consideravelmente. Além disso, condições de chuva ou estradas molhadas exigem mais cautela, especialmente nas descidas, onde a aderência é essencial para evitar acidentes.

Equipamento

Os equipamentos de alta tecnologia utilizados pelos ciclistas no Tour de France também influenciam diretamente a velocidade. As bicicletas modernas são extremamente leves e aerodinâmicas, projetadas para oferecer o máximo de eficiência em diferentes tipos de terreno. Além disso, os ciclistas utilizam roupas aerodinâmicas e capacetes especiais que ajudam a reduzir a resistência ao vento, permitindo que eles mantenham velocidades mais altas por mais tempo.

Estratégia de Corrida

A estratégia de corrida também é crucial para determinar a velocidade que um ciclista atinge em diferentes pontos do Tour de France. O pelotão, por exemplo, é uma formação em grupo onde os ciclistas pedalam juntos para reduzir a resistência ao vento. Aqueles que estão atrás do pelotão gastam menos energia e podem manter velocidades mais altas com menos esforço. Por outro lado, quando um ciclista decide atacar ou se separar do grupo, ele precisa gastar mais energia para manter uma velocidade elevada, especialmente se estiver enfrentando ventos contrários.

Recordes de Velocidade no Tour de France

Ao longo da história do Tour de France, muitos recordes de velocidade foram estabelecidos. Um dos mais notáveis foi registrado por Chris Froome durante a descida do Col de Peyresourde em 2016, quando ele atingiu uma velocidade impressionante de 91,9 km/h. Este foi um dos momentos mais marcantes da corrida, e Froome conseguiu ganhar tempo crucial sobre seus rivais nessa descida.

Outro recorde significativo ocorreu em 2019, quando Romain Bardet atingiu 101 km/h em uma das descidas mais rápidas daquela edição. Esses recordes mostram o quão ousados e habilidosos os ciclistas do Tour de France precisam ser para alcançar tais marcas.

Comparação com Outras Competições de Ciclismo

Embora o Tour de France seja conhecido por suas etapas desafiadoras e montanhas íngremes, outras competições de ciclismo também apresentam velocidades impressionantes. No Giro d'Italia, por exemplo, os ciclistas enfrentam descidas igualmente perigosas e conseguem atingir velocidades similares. O mesmo acontece na Vuelta a España, que também inclui etapas montanhosas intensas.

Entretanto, devido à longa duração e à natureza icônica do Tour de France, é essa corrida que frequentemente recebe maior atenção quando se trata de recordes de velocidade.

Conclusão

A velocidade máxima atingida no Tour de France varia de acordo com uma série de fatores, incluindo o terreno, as condições climáticas, o equipamento e a estratégia de corrida. Em descidas, é possível que os ciclistas ultrapassem os 90 km/h, com alguns chegando a superar os 100 km/h em situações específicas. No entanto, é importante lembrar que o Tour de France é uma prova de resistência tanto quanto de velocidade, e os ciclistas precisam equilibrar suas energias ao longo das três semanas de competição.