Um olhar sobre os ciclistas mais propensos a cruzar a linha com os braços no alto nesta edição do Giro
Enquanto a maglia rosa permanece como o grande prêmio do Giro d'Italia, vencer uma etapa individual pode definir carreiras e é um troféu que jamais deve ser subestimado.
Por isso, a lista de inscritos deste ano está repleta de alguns dos melhores especialistas em clássicas e velocistas do mundo, todos prontos para disputar vitórias de etapa nas próximas três semanas.
As oportunidades surgirão desde os primeiros dias, com as colinas persistentes dos estágios na Albânia, passando pelas chances para os sprinters, até mesmo contra o relógio — para quem tiver coragem. E, é claro, não podemos esquecer a nona etapa, que reproduz o emocionante final da Strade Bianche, com seus trechos de estrada branca e a icônica chegada em Siena.
Sem dúvida, alguns nomes já devem ter essa etapa marcada na agenda, incluindo o ex-campeão da Strade Bianche, Tom Pidcock.
Confira nosso guia Como Assistir para acompanhar todas as aventuras desses ciclistas e muito mais nas próximas três semanas.
Agora, vamos conhecer alguns dos possíveis caçadores de etapas do Giro d’Italia 2025.
Tom Pidcock (Q36.5 Pro Cycling)
- Idade: 26 anos
- País: Reino Unido
- Participações no Giro: 0
- Melhor resultado geral: N/A
- Melhor resultado em etapa: N/A
O Giro d’Italia terá um campeão olímpico em sua disputa — não Remco Evenepoel, mas sim Tom Pidcock, bicampeão do mountain bike. O britânico escolheu um caminho radical em 2025, deixando a Ineos Grenadiers pela Q36.5, e sua temporada seguiu um rumo diferente: sem Tour de France, mas com um convite wildcard para o Giro, onde fará sua estreia.
Diferente de seus tempos na Ineos, não haverá pressão por classificação geral — apenas liberdade para atacar, entreter e, quem sabe, vencer. Longe dos holofotes da maglia rosa, ele mirará as etapas acidentadas, que combinam com seu estilo explosivo, e também se testará nos altos picos. O ex-campeão da Strade Bianche será um dos favoritos na nona etapa. Se estiver fora da briga geral, pode se tornar um habitual nas fugas, assim como Wout van Aert.
2025 tem sido generoso com Pidcock: quatro vitórias, top 10 em Liège-Bastogne-Liège, La Flèche Wallonne, Amstel Gold Race, duas etapas e o geral no Tirreno-Adriatico, além do pódio na Strade Bianche. O Giro será mais um teste nessa relação, mas espere ataques ousados e tentativas de vitória.
Wout van Aert (Visma-Lease a Bike)
- Idade: 30 anos
- País: Bélgica
- Participações no Giro: 0
- Melhor resultado geral: N/A
- Melhor resultado em etapa: N/A
O belga deveria ter estreado no Giro no ano passado, mas uma queda brutal no Dwars door Vlaanderen arruinou sua primavera. Ele retornou com força na Vuelta a España, vencendo três etapas e liderando a classificação por pontos até outra queda encerrar sua temporada.
Agora, finalmente está aqui — e vai atrás de vitórias em qualquer terreno. Afinal, ele já venceu em sprints, montanhas e contra o relógio em Grand Tours. Seu 2025 não foi espetacular, mas resultados consistentes mostram que pode surpreender.
Mads Pedersen (Lidl-Trek)
- Idade: 29 anos
- País: Dinamarca
- Participações no Giro: 4
- Melhor resultado geral: 138º (2017)
- Melhor resultado em etapa: 1º (2023)
Um dos melhores sprinters do pelotão e, ao mesmo tempo, um dos rouleurs mais poderosos, Mads Pedersen tem mais de uma carta na manga. As etapas com perfis acidentados são seu território. Logo na primeira etapa, o Giro apresenta um final irregular, perfeito para suas características.
Ele chega em ótima forma: venceu Gent-Wevelgem pelo segundo ano consecutivo e o Tour de la Provence, além de ficar em segundo no Tour of Flanders e terceiro em Paris-Roubaix.
Os velocistas do Giro d’Italia 2025
Este ano, o Giro deve ter entre seis e sete chances para os sprinters. Ainda assim, há um elenco sólido de candidatos a vitórias de etapa, incluindo Olav Kooij, Kaden Groves e Sam Bennett, todos com triunfos anteriores na Itália.
Kooij, de 23 anos, é o favorito, mas está retornando de lesão. Groves também vem de um período afastado, enquanto Bennett mostra boa forma em provas menores.
Os trilogistas
No mundo do ciclismo, completar a “trilogia” — vencer etapas em todos os três Grand Tours — é um símbolo de prestígio.
Atualmente, 111 ciclistas conquistaram esse feito, com Ben O'Connor sendo o mais recente. Neste Giro, seis corredores podem fechar o triunfo italiano: Adam Yates, Rafał Majka, Wout van Aert, Romain Bardet e Simon Clarke.
Para Bardet e Clarke, esta será a última chance, já que se aposentam no fim da temporada.
Todos ainda têm um longo caminho para alcançar Primož Roglič, que soma 22 vitórias em Grand Tours — e pode aumentar essa conta em maio.
O Giro promete emoção, surpresas e histórias para contar. Quem será o rei das etapas em 2025?
