Três ascensões brutais prometem um espetáculo épico nas montanhas
Prepare-se para testemunhar a mais desafiadora jornada do Critérium du Dauphiné 2025 - uma verdadeira celebração da majestade alpina que deixará até os mais experientes ciclistas sem palavras.
Com apenas 131,6 quilômetros entre Grand-Aigueblanche e Valmeinier 1800, esta etapa concentra mais de 4.700 metros de ganho de elevação em um percurso que redefine o conceito de brutalidade ciclística.
Três colossais ascensões de categoria especial (HC) compõem este pesadelo alpino: o lendário Col de la Madeleine, o temível Col de la Croix de Fer e a implacável subida final até Valmeinier. Uma distância aparentemente modesta que esconde uma intensidade absolutamente selvagem.
Etapa 7 - Grand-Aigueblanche > Valmeinier 1800: O Dia do Juízo Final
Mal soa o tiro de largada em Grand-Aigueblanche, e o pelotão já se vê cara a cara com o icônico Col de la Madeleine - 24,6 quilômetros de pura agonia a 6,2% de inclinação média. Esta montanha não perdoa: é na segunda metade que ela revela sua face mais cruel, com inclinações constantes oscilando entre 7 e 9%, oferecendo apenas breves momentos de alívio antes de alcançar o cume a impressionantes 2.000 metros de altitude. Aqui, os escaladores de elite separam-se do resto do grupo, e as primeiras lágrimas de desespero começam a rolar.
Após uma descida vertiginosa que leva os sobreviventes até La Chambre e Saint-Étienne-de-Cuines, surge o momento mais crucial da jornada: uma sequência diabólica que combina o Col du Glandon (ascensão intermediária sem classificação oficial) com o terrível Col de la Croix de Fer, totalizando 22,4 quilômetros a 6,9% de inclinação.
O Glandon já é por si só um monstro - mais de 12 quilômetros mantendo 8% de média, com rampas que ultrapassam os 10% e testam não apenas a resistência física, mas também a força mental dos competidores. Sem sequer permitir uma descida significativa após conquistar o Glandon, a montanha se conecta diretamente com a Croix de Fer, elevando os ciclistas até os estratosféricos 2.067 metros acima do nível do mar. É uma parede implacável que consome energia de forma progressiva, funcionando como o derradeiro teste antes da batalha final.
Depois de dominar este segundo gigante alpino, o terreno oferece uma trégua momentânea através do vale do Arc. Mas não se deixe enganar - neste ponto da corrida, não existem mais táticas elaboradas ou jogos estratégicos: apenas a força bruta determinará quem possui o motor necessário para completar esta obra-prima do sofrimento.
E como se não bastasse toda essa tortura, a etapa encontra seu clímax na ascensão até Valmeinier 1800 - 16,5 quilômetros a 6,7% de inclinação média. Embora seja mais regular em comparação com as anteriores, esta subida final é extensa e apresenta trechos particularmente exigentes entre Le Vigny e o último quilômetro. Pode não ser devastadora em termos de percentual, mas representa a oportunidade perfeita para consolidar vantagens conquistadas anteriormente.
O Laboratório Perfeito para o Tour de França
Marque em seu calendário: 14 de junho será o dia em que três ascensões "Hors Catégorie" se concentrarão em apenas 130 quilômetros, praticamente sem terreno plano, oferecendo subidas longas e variadas que transformam esta etapa no laboratório perfeito para identificar quem realmente está preparado para enfrentar o Tour de França.
Esta não é apenas uma etapa - é um épico alpino que separará os verdadeiros gladiadores das montanhas dos meros mortais.