Campeão mundial Tadej Pogačar deslancha um ataque explosivo na subida final e supera Mathieu van der Poel em Rouen; o holandês mantém a camisa amarela por uma margem mínima de tempo.
Por Sergio Arantes - - Tempo de leitura: 15 minutos
Na eletrizante quarta etapa do Tour de France 2025, o esloveno Tadej Pogačar alcançou a 100ª vitória de sua carreira em grande estilo.
Ele travou um duelo acirrado e emocionante com o líder da prova, Mathieu van der Poel, superando-o nos metros finais de uma subida íngreme em Rouen. O triunfo não apenas deu a Pogačar uma vitória histórica, como também embolou de vez a classificação geral: ele agora está empatado em tempo com Van der Poel, que mantém a camisa amarela por critérios de desempate.
Nos parágrafos a seguir, vamos reviver cada momento desse espetáculo, desde a fuga inicial até o sprint final, analisando o que essa chegada dramática significa para a competição e o que esperar das próximas etapas deste Tour cheio de surpresas.
Resumo da Etapa 4: Duelo de gigantes em Rouen
A etapa 4 do Tour de France 2025 (disputada em 8 de julho, de Amiens Métropole a Rouen, com 174,2 km) entregou um duelo épico entre alguns dos maiores nomes do ciclismo atual. Depois de um dia inteiro de expectativa crescente, a decisão ficou para a rampa final em Rouen, uma subida de aproximadamente 500 metros com 5% de inclinação após a temida Rampe Saint-Hilaire (800 m a 10,6%).
Foi lá que Tadej Pogačar, atual campeão mundial de estrada, lançou seu ataque derradeiro. Mathieu van der Poel, vencedor de duas das três primeiras etapas e vestindo a camisa amarela, saltou primeiro para o sprint decisivo nos últimos 150 metros. Por um momento, parecia que o holandês conquistaria mais uma vitória, mas Pogačar encontrou forças extras: saiu da roda de Van der Poel e, com uma arrancada fulminante, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, arrancando aplausos ensurdecedores do público em Rouen.
Logo atrás deles, o dinamarquês Jonas Vingegaard completou o pódio em terceiro, após ter conseguido acompanhar Pogačar no ataque final na subida. Essa chegada dramática fez jus à reputação do Tour de France.
Pogačar comemorou com os braços erguidos sua vitória de número 100 como profissional – um marco impressionante alcançado aos 26 anos de idade – enquanto Van der Poel, exausto, mal podia acreditar que deixara a vitória escapar nos últimos metros. "Hoje todo mundo estava no limite... Estou sem palavras, é uma vitória muito especial", disse um Pogačar radiante após a etapa, agradecendo especialmente ao colega João Almeida pelo trabalho de equipe no final.
Van der Poel, por sua vez, manteve a liderança geral por um fio: ele e Pogačar agora estão empatados no tempo total da prova, mas o holandês segue de camisa amarela graças ao critério de desempate (melhores colocações nas etapas anteriores). Vingegaard, com seu terceiro lugar, aproximou-se na geral e mostrou que continua firme na briga. A multidão em Rouen foi à loucura com o espetáculo proporcionado pelos ciclistas – um verdadeiro show de estratégia, força e coração na pista.
Trabalho em equipe e a conquista histórica de Pogačar
Por trás dessa vitória inesquecível de Pogačar houve um trabalho em equipe exemplar. Durante os quilômetros finais, a UAE Team Emirates assumiu a dianteira do pelotão com determinação. Vestindo a camisa de campeão mundial, Pogačar contou com a ajuda de seus colegas para estar na posição perfeita na hora decisiva.
João Almeida, seu companheiro de equipe português, fez um tremendo trabalho de lead-out, impondo um ritmo forte na aproximação da subida final e neutralizando ataques perigosos – inclusive um último movimento ousado do americano Matteo Jorgenson nos 1.000 metros finais. Almeida liderou o grupo até os metros derradeiros, preparando o terreno para que Pogačar pudesse lançar seu ataque supremo.
O ataque na Rampe Saint-Hilaire
Na penúltima subida categorizada do dia – a Rampe Saint-Hilaire, a cerca de 5,5 km da chegada – Pogačar já havia testado as pernas dos rivais com um ataque explosivo. Somente Jonas Vingegaard (da equipe Visma – Lease a Bike) conseguiu responder de imediato, agarrando a roda do esloveno em uma demonstração de resistência impressionante.
Atrás deles, Van der Poel não teve reação naquele momento, e um grupo perseguidor se formou com nomes de peso como o belga Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep), o próprio Van der Poel (após ser alcançado por outros), Almeida, Jorgenson e o britânico Oscar Onley. Graças principalmente ao esforço de Evenepoel em puxar, esse grupo conseguiu fechar o espaço e reuniu sete homens na ponta da corrida quando restavam cerca de 4 km, restabelecendo o suspense para a chegada.
A estratégia perfeita nos metros finais
Com tudo indefinido em Rouen, a estratégia da UAE se mostrou perfeita. Pogačar manteve-se calmo e confiante atrás de Almeida, mesmo cercado pelos maiores rivais e sentindo a sombra da pressão de conquistar uma vitória importante. Ele sabia que tinha a força necessária se mantivesse a posição.
No trecho final de 500 m em subida, Van der Poel adiantou-se lançando seu sprint – uma decisão ousada de quem veste o amarelo e queria vencer em cima da linha. Porém, Pogačar estava preparado: ao ver o movimento do holandês, colou na roda dele e então arrancou para ultrapassá-lo nos últimos metros, demonstrando uma explosão e potência fora do comum.
Assim, garantiu não apenas a vitória na etapa, mas um lugar na história ao atingir a centésima vitória na carreira. "Vencer no Tour é incrível – com esta camisa ainda mais – e chegar a 100 vitórias é algo sensacional", afirmou Pogačar emocionado, referindo-se ao peso de triunfar vestindo as cores do campeão mundial. Essa vitória reafirmou a fome de conquistas de Pogačar e a sinergia de sua equipe, mandando um recado alto e claro aos concorrentes de que ele está disposto a lutar por tudo neste Tour.
Disputa pela camisa amarela e classificação geral acirrada
Se a vitória de etapa foi espetacular, o efeito na classificação geral (GC) torna o Tour 2025 ainda mais emocionante. Após quatro etapas, a briga pela camisa amarela está acirradíssima.
Empate no topo da classificação
Mathieu van der Poel conseguiu se segurar na liderança geral, mas por margem mínima: ele e Pogačar estão empatados no tempo acumulado da corrida. O critério de desempate – que considera as somas de posições nas etapas e os centésimos do contrarrelógio inicial, se houver – favorece o holandês, garantindo que Van der Poel siga vestido de amarelo por pelo menos mais um dia.
Entretanto, essa vantagem é frágil como cristal. Pogačar vem logo atrás (oficialmente em 2º lugar na geral, apesar de ter o mesmo tempo), pronto para tomar a ponta assim que surgir a oportunidade. Logo em 3º na classificação aparece Jonas Vingegaard, a apenas 8 segundos dos líderes.
Os demais candidatos ao título
O dinamarquês – vencedor do Tour de France em edições recentes – mostrou na etapa 4 que está no auge, respondendo aos ataques de Pogačar na montanha e sprintando forte para o pódio. Com a aproximação das etapas de alta montanha e contrarrelógio, Vingegaard é sem dúvida um dos favoritos ao título e sua desvantagem de oito segundos é praticamente insignificante neste ponto da prova.
Um pouco mais atrás, surgem os outros contendores: Remco Evenepoel terminou a etapa colado no primeiro grupo e apesar de perder 3 segundos preciosos na arrancada final, ocupa a 9ª posição geral a cerca de 58 segundos do líder – ainda dentro da briga, especialmente considerando suas habilidades em provas de tempo.
Já o esloveno Primož Roglič (companheiro de equipe de Vingegaard, agora defendendo a Red Bull–Bora-Hansgrohe) teve um dia difícil em Rouen. Ele chegou 32 segundos depois de Pogačar, ficando em 18º na etapa, o que o deixou aproximadamente 1min27s atrás na classificação geral (12º lugar). Embora Roglič seja experiente e capaz de viradas impressionantes, essa desvantagem começa a preocupá-lo e exigirá ataques ousados nas montanhas para recolocá-lo na disputa.
Outras classificações do Tour de France 2025
Vale destacar também as demais classificações: com o desempenho de hoje, Pogačar assumiu a camisa de bolinhas de líder da montanha, graças aos pontos que somou ao passar em primeiro na Rampe Saint-Hilaire. A camiseta de rei dos trepadores muda de dono, já que até a etapa 3 quem ostentava o símbolo de bolinhas vermelhas era Tim Wellens (companheiro de Pogačar na UAE).
Na camisa verde dos pontos de sprint, o italiano Jonathan Milan (Lidl-Trek) conseguiu manter a liderança. Ele somou pontos no sprint intermediário desta etapa (a 31 km da chegada) e continua vestido de verde como o melhor sprinter até agora. A camisa branca de melhor jovem segue com o francês Kévin Vauquelin (Arkéa-B&B Hotels), que vem mostrando consistência entre os novos talentos.
Assim, cada jersey importante do Tour está em mãos diferentes, refletindo a natureza multifacetada desta edição. Em resumo, após a etapa 4 temos o seguinte panorama dos líderes das classificações:
- Camisa Amarela (líder geral) – Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) – empatado em tempo com Pogačar
- Camisa Verde (pontos por sprint) – Jonathan Milan (Lidl-Trek) – lidera a classificação por pontos
- Camisa de Bolinhas (montanha) – Tadej Pogačar (UAE Team Emirates) – novo líder de montanha
- Camisa Branca (melhor jovem) – Kévin Vauquelin (Arkéa-B&B Hotels) – melhor ciclista sub-25
Perspectivas para a Etapa 5
Com a diferença tão pequena entre os primeiros colocados, a disputa pela liderança está completamente em aberto. A próxima etapa (Etapa 5) será um contrarrelógio individual de 33 km em Caen – um teste que promete embaralhar ainda mais a classificação.
Pogačar já indicou que vai "em busca do amarelo" nesse trecho contra o relógio, enquanto Van der Poel terá que se superar para defender a liderança, pois o contrarrelógio não é sua especialidade principal. Vingegaard e Evenepoel, reconhecidos pela força em provas de tempo, também enxergam na etapa 5 a chance de virar o jogo a seu favor.
Ou seja, após o drama de Rouen, o Tour de France 2025 se encaminha para um novo capítulo de fortes emoções em Caen, com a camisa amarela pronta para trocar de dono a qualquer instante.
A Etapa 4 em detalhes: do início tranquilo ao final explosivo
Se o desfecho da etapa 4 foi digno de filme, todo o roteiro do dia teve seus momentos de tensão e estratégia. Vamos dissecar os principais acontecimentos dessa etapa, desde a largada em Amiens até o clímax em Rouen, passando pelas escapadas corajosas e pelos sustos ao longo do caminho.
A fuga corajosa do dia sob o sol da Normandia
Assim que a bandeira foi agitada em Amiens dando início à etapa 4, alguns ciclistas não perderam tempo e atacaram para formar a fuga do dia. Sob o céu claro da região da Normandia, Lenny Martinez (Bahrain Victorious) e Jonas Abrahamsen (Uno-X) saltaram na frente nos primeiros quilômetros. Pouco depois, o francês Thomas Gachignard (TotalEnergies) juntou-se a eles, formando um trio determinado a brigar por visibilidade e, quem sabe, pela vitória de etapa.
O pelotão consentiu e deixou a diferença crescer um pouco. Após cerca de 8 km percorridos, o dinamarquês Kasper Asgreen (EF Education-EasyPost), sentindo que aquela escapada podia ter futuro, resolveu tentar a sorte também: atacou e conseguiu alcançar o trio na dianteira após uma perseguição de aproximadamente 9 km. Estava formada uma fuga de quatro ciclistas com cerca de 2 minutos de vantagem sobre o pelotão.
Com nomes sem grande ameaça na classificação geral, essa escapada teve liberdade para ganhar terreno. O quarteto (Martinez, Abrahamsen, Gachignard e Asgreen) colaborou bem, revezando na ponta e alimentando esperanças de chegar à Rouen à frente do pelotão.
Enquanto isso, no pelotão principal, a equipe Alpecin-Deceuninck de Mathieu van der Poel posicionou-se na frente para controlar a diferença. Com o holandês em posse da camisa amarela e possivelmente de olho em mais uma vitória, sua equipe não queria deixar a fuga ir longe demais. Mantiveram a desvantagem sempre em torno de dois minutos, impondo um ritmo confortável mas calculado para não dar asas aos aventureiros na ponta.
Quedas e tensão no percurso
Mesmo em dias aparentemente controlados, o Tour reserva suas armadilhas. Na etapa 4, o perigo veio na forma de quedas que abalaram a tranquilidade do pelotão. A cerca de 50 km do final, quando a rota começava a ficar mais sinuosa e exigente, um acidente coletivo envolveu diversos ciclistas.
Entre os prejudicados estavam Yevgeniy Fedorov (da equipe Astana Qazaqstan, agora patrocinada pela XDS) e o jovem francês Matteo Vercher (TotalEnergies), além do experiente escalador Sepp Kuss (Visma – Lease a Bike), importante gregário de Vingegaard. Por sorte, nenhum deles sofreu ferimentos graves aparentes, e todos conseguiram voltar à prova depois do susto.
Minutos depois, outro susto: em um trecho de estrada estreita, Cees Bol (Astana) e Ilan Van Wilder (Soudal-QuickStep) acabaram tocando rodas e foram ao chão. Novamente, felizmente, nenhum abandono resultou dessas quedas, mas foi o suficiente para lembrar a todos de que concentração total é necessária a cada metro.
Por volta de 30 km para a chegada, já em aproximação da primeira subida categorizada, uma queda mais grave aconteceu. Vários ciclistas se viram envolvidos, incluindo o colombiano Harold Tejada (Astana), o neerlandês Mick van Dijke (Red Bull–Bora) e o francês Valentin Paret-Peintre (Soudal-QuickStep). Paret-Peintre levou a pior: ele foi visto sentado à beira da estrada em lágrimas, claramente sentindo dores após o tombo.
Montanhas curtas, ritmo intenso: a corrida pega fogo
Superados os sustos iniciais, a etapa 4 entrou em sua fase decisiva: uma sequência de subidas curtas porém íngremes nos últimos 60 km, perfeita para criar diferenças. A fuga do quarteto corajoso começou a ver sua vantagem diminuir rapidamente assim que a estrada apontou para cima.
Na Côte Jacques Anquetil (uma elevação de 3,5 km a 3,6% de inclinação, a 46 km do final), o ritmo do pelotão aumentou e o relógio já mostrava menos de 1 minuto de diferença. Kasper Asgreen aproveitou a oportunidade para cruzar no topo em primeiro e garantir um pontinho na classificação de montanha.
Não muito depois, já nos aproximando da Côte de Belbeuf (1,3 km a 9,1% – um trecho curto, porém bem inclinado, a 29 km da chegada), a exaustão cobrou seu preço na fuga. Thomas Gachignard foi o primeiro a sucumbir, sendo alcançado pelo pelotão pouco antes da subida. Determinado, Lenny Martinez decidiu atacar sozinho na íngreme rampa de Belbeuf, tentando salvar o dia para os aventureiros.
Entre a Belbeuf e a próxima dificuldade, a Côte de Bonsecours (900 m a 7,2%), ocorreu um daqueles episódios que ninguém deseja: um grande tombo que fragmentou o pelotão. A descida pós-Belbeuf, feita em alta velocidade, e a tensão para posicionar-se antes da próxima colina contribuíram para um toque de rodas que acabou derrubando vários ciclistas.
Na Côte de Bonsecours, Tim Wellens novamente impôs ritmo na ponta, coroando o topo e somando mais 1 ponto de montanha para consolidar (temporariamente, como se veria) sua liderança nesse ranking. A essa altura, restavam cerca de 20 km e apenas uma fuga diminuída: o valente Lenny Martinez seguia alguns segundos à frente, enquanto atrás dele um pelotão reduzido – agora sim com todos os favoritos atentos nas primeiras posições – preparava o bote final.
O ataque na montanha e o sprint final decisivo
Na base da Rampe Saint-Hilaire, todos prenderam a respiração. Essa curta porém brutal subida (800 m com média de 10,6% de inclinação) seria o palco do primeiro confronto direto sério entre os favoritos no Tour 2025. E não deu outra: Tadej Pogačar fez jus à sua fama de atacante nato e disparou montanha acima com pouco mais de 5,5 km para a linha de chegada.
A potência do esloveno quebrou o grupo instantaneamente. Mathieu van der Poel, carregando o peso da camisa amarela, tentou reagir mas não conseguiu acompanhar naquele instante – a explosão de Pogačar em subidas curtas é lendária. Jonas Vingegaard saltou atrás de Pogačar, esforçando-se ao máximo para agarrar a roda do rival.
Atrás deles, formou-se um pequeno vácuo. Remco Evenepoel, mostrando raça, assumiu a ponta do segundo grupeto e guiou a perseguição na parte final da subida, carregando consigo Van der Poel, João Almeida, Matteo Jorgenson e Oscar Onley. Ao coroar a Rampe, Pogačar garantiu mais alguns pontos de montanha e seguiu em frente junto de Vingegaard.
Nos 5 km finais, a corrida se tornou um jogo de nervos. Pogačar e Vingegaard, apesar de serem dois dos principais candidatos ao título, mostraram certa relutância em colaborar plenamente um com o outro na descida e plano subsequente. Essa momentânea falta de cooperação acabou permitindo que os perseguidores retornassem.
A última fase da disputa começou com um ataque ousado de Matteo Jorgenson a 1,2 km da chegada. O americano da Visma-Lease a Bike tentou surpreender lançando-se adiante, mas João Almeida, muito atento, reagiu imediatamente e neutralizou o movimento antes que ganhasse fôlego.
Van der Poel, conhecido por seu instinto agressivo, arrancou primeiro faltando cerca de 150 metros! O holandês saiu da roda de Almeida e explodiu para frente, forçando todos os outros a reagir instantaneamente. Sua aceleração foi impressionante e abriu um pequena distância. Somente Pogačar conseguiu responder na mesma moeda.
Por alguns instantes, a vitória parecia sorrir para o campeão holandês: as ruas de Rouen ecoaram com os gritos da torcida, muitos incrédulos com mais um feito de Van der Poel. Mas nos últimos 50 metros a história mudou. Pogačar, incrivelmente resiliente, aproveitou o vácuo e o desgaste do rival para puxar tudo o que lhe restava das pernas.
Saindo da esteira de Van der Poel, ele se colocou lado a lado e então à frente – ultrapassando-o nos derradeiros metros em um dos sprints mais emocionantes desta edição. Pogačar cruzou a linha de chegada em primeiro, garantindo a vitória monumental. Van der Poel, sem forças para reagir, ficou com o segundo lugar, apenas uma bicicleta atrás. Em terceiro, Jonas Vingegaard chegou logo em seguida, selando o pódio da etapa.
Conclusão: Um marco emocional e prenúncio de mais emoções pela frente
A etapa 4 do Tour de France 2025 entregou tudo que os fãs poderiam desejar: emoção, disputa de alto nível, reviravoltas e história sendo escrita diante de nossos olhos. Tadej Pogačar não só conquistou uma vitória espetacular em Rouen, mas também carimbou seu nome nos livros de recordes ao alcançar a centésima vitória da carreira, um feito raríssimo para alguém tão jovem.
Mathieu van der Poel lutou bravamente e, mesmo derrotado nos metros finais, manteve a camisa amarela por um triz, provando sua garra e consistência. Jonas Vingegaard mostrou que está pronto para travar uma batalha titânica com Pogačar nas montanhas e contrarrelógios que estão por vir.
Cada um dos protagonistas desta etapa sai de Rouen com motivos para sorrir e se preocupar: o Tour ganhou contornos ainda mais imprevisíveis, com a classificação geral embolada e diferentes camisas nas mãos de ciclistas distintos. O que essa etapa nos ensinou é que no Tour de France tudo pode mudar em questão de instantes – e que os gigantes do ciclismo atual não decepcionam quando o assunto é espetáculo.
A energia que vimos nas estradas normandas deve se repetir (e talvez se amplificar) nas próximas fases. Com um importante contrarrelógio individual batendo à porta na etapa 5, seguido de etapas montanhosas desafiadoras, a briga pelo título está apenas começando.
Será que Pogačar conseguirá transformar a emoção da vitória de hoje em liderança na geral? Van der Poel conseguirá se reinventar para manter o amarelo? Vingegaard e Evenepoel terão cartas na manga para mudar o rumo da corrida? Essas perguntas pairam no ar, aumentando a expectativa para os próximos dias.
Enquanto aguardamos as respostas que a estrada trará, fica o convite ao leitor: continue acompanhando este Tour de France eletrizante. Cada etapa tem sido um capítulo à parte, e a saga promete muitos outros momentos inesquecíveis. Prepare o coração, pois se a etapa 4 foi um indicativo, estamos diante de uma edição que entrará para a história. Nos vemos na próxima linha de chegada – até lá, bonne route e muita torcida!
Perguntas Frequentes sobre a Etapa 4 do Tour de France 2025
Quem ganhou a etapa 4 do Tour de France 2025?
Tadej Pogačar, ciclista esloveno da UAE Team Emirates, venceu a etapa 4 do Tour de France 2025. Ele superou Mathieu van der Poel em um sprint emocionante na chegada em Rouen, conquistando a vitória nesta etapa.
Qual foi o percurso e perfil da etapa 4 do Tour de France 2025?
A etapa 4 foi percorrida entre Amiens Métropole e Rouen, na região da Normandia, com distância de aproximadamente 174,2 km. O perfil da etapa era ondulado, incluindo várias subidas curtas e íngremes nos últimos 60 km, culminando em uma chegada em subida de 5% de inclinação em Rouen.
Quem está com a camisa amarela após a etapa 4?
A camisa amarela continuou com Mathieu van der Poel após a etapa 4. Apesar de ter sido derrotado na etapa, Van der Poel permanece líder do Tour de France 2025, porém empatado no tempo com Tadej Pogačar. Van der Poel manteve a liderança pelos critérios de desempate.
O que tornou a vitória de Pogačar na etapa 4 tão especial?
A vitória de Tadej Pogačar foi especial por ser a 100ª vitória da carreira do ciclista, um marco alcançado em pleno Tour de France. Além disso, ele venceu em um duelo direto contra Mathieu van der Poel, superando-o num sprint final após uma subida desafiadora, vestindo a camisa de campeão mundial.
Como é definido o líder quando há empate de tempo no Tour de France?
No Tour de France, quando há empate de tempo na classificação geral, são aplicados critérios de desempate. O primeiro critério é a soma das posições obtidas em cada etapa. O atleta com a menor soma de posições fica à frente. Na etapa 4 de 2025, Mathieu van der Poel manteve-se de amarelo pelos critérios de desempate.