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Pogačar Conquista Bicampeonato Mundial em Kigali - Vídeo

Pogačar Faz História: Bicampeonato Mundial na Prova de Estrada de Kigali

Pogačar Conquista Bicampeonato Mundial em Kigali

A capital ruandesa selou, em sua jornada derradeira, a consagração de um dos maiores nomes do ciclismo contemporâneo. Tadej Pogačar, o fenômeno esloveno, reafirmou sua supremacia absoluta ao garantir o bicampeonato mundial consecutivo na prova de estrada da categoria Elite masculina durante o Campeonamento Mundial de Estrada UCI 2025, realizado em Kigali.

O traçado implacável da competição não deu trégua aos competidores. Dos 165 atletas que iniciaram a disputa, apenas 30 cruzaram a linha de chegada. O brasileiro Henrique Avancini, único representante nacional na prova, mostrou garra ao permanecer na corrida até o 11º giro. A organização determinou o corte automático de todos os ciclistas que ficaram mais de dez minutos distantes do pelotão principal.

A Performance Magistral do Campeão Mundial

Já detentor da camisa arco-íris desde a vitória em Zurique, na Suíça, em 2024, Pogačar voltou a demonstrar seu poder devastador nas elevações do território conhecido como "país das mil colinas". A ofensiva decisiva aconteceu quando faltavam 104 quilômetros para o desfecho, iniciando uma travessia solitária de 77 quilômetros até a conquista definitiva do título. Curiosamente, na temporada anterior, seu movimento vencedor ocorreu a 101km da linha final.

O ano de 2024 marcou a entrada de Pogačar em um seleto grupo: ele se tornou apenas o terceiro ciclista na história a erguer os troféus do Giro d'Italia, Tour de France e Mundial de estrada da Elite no mesmo ano. Após vencer novamente o Tour em 2025, estabeleceu outro marco inédito ao ser o primeiro a conquistar simultaneamente o Tour e o Mundial de estrada em duas temporadas seguidas.

"Me vi isolado muito cedo e precisei batalhar contra mim mesmo, situação similar à do ano passado", declarou o campeão. "A alegria é enorme por ter conseguido novamente. Houve momentos de incerteza, as subidas se mostravam progressivamente mais cruéis a cada circuito. Os giros finais foram de extremo sofrimento... Mas é fundamental persistir e manter a confiança. Foi uma vivência extraordinária coroando uma semana de conquistas notáveis."

O esloveno cumpriu o extenuante percurso de 267,5 quilômetros, com desnível acumulado superior a 5 mil metros, marcando o tempo de 6h21min20s. O belga Remco Evenepoel, que havia triunfado no contrarrelógio do domingo anterior, assegurou a medalha de prata com diferença de 1min28s. O irlandês Ben Healy completou o pódio em terceiro, com 2min16s de atraso.

Dinâmica Competitiva Desde a Largada do Mundial UCI

Já nos circuitos iniciais, diversas equipes nacionais demonstraram intenção de imprimir ritmo forte à disputa. A investida pioneira reuniu Anders Foldager (Dinamarca), Julien Bernard (França), Menno Huising (Holanda), Ivo Oliveira (Portugal), Fabio Christen (Suíça) e Marius Mayrhofer (Alemanha). Posteriormente, Raúl García Pierna (Espanha) integrou-se ao conjunto.

A corrida também registrou o acidente envolvendo Ilan Van Wilder (Bélgica), medalhista de bronze no contrarrelógio, resultando em seu abandono. Julian Alaphilippe, francês bicampeão mundial em 2020 e 2021, retirou-se precocemente por questões médicas.

As Tentativas Locais e o Controle do Pelotão

A torcida local vibrou intensamente com as tentativas de Eric Manizabayo (Ruanda), prontamente neutralizadas pela Eslovênia, Bélgica e Estados Unidos, que mantiveram o controle do pelotão. No circuito de 42,5 quilômetros, pontuado pelas ascensões do Mont Kigali (5,9km com inclinação média de 6,9%) e do Mur de Kigali (400 metros a 11%), a intensidade escalou significativamente.

A Seleção Natural nas Subidas de Kigali

Bernard manteve-se à frente como último sobrevivente do grupo de fuga, mas foi absorvido quando Pogačar imprimiu força avassaladora no Mont Kigali. Apenas o espanhol Juan Ayuso conseguiu acompanhá-lo inicialmente, sendo logo depois alcançado pelo mexicano Isaac Del Toro na descida, já nos 100 quilômetros finais. No Mur de Kigali, Del Toro acelerou e distanciou Ayuso, formando uma parceria temporária com o esloveno.

O Movimento Vencedor de Pogačar

Colaborando mutuamente, Pogačar e Del Toro ampliaram a margem de vantagem, enquanto Evenepoel enfrentava contratempos mecânicos. Faltando 67 quilômetros, no trecho pavimentado com paralelepípedos de Kimihurura, o esloveno desfechou o ataque definitivo, deixando o mexicano isolado. Del Toro foi reintegrado ao grupo de perseguidores, mas sem condições de reação.

Pogačar Conquista Bicampeonato Mundial em Kigali

Na perseguição, Evenepoel conseguiu desprender-se de Mattias Skjelmose (Dinamarca) e Ben Healy (Irlanda) quando restavam 21 quilômetros. O belga garantiu sua segunda medalha em Kigali, somando ao ouro conquistado no contrarrelógio. Healy superou Skjelmose no sprint final e alcançou o bronze, primeira medalha da Irlanda na prova de estrada Elite masculina desde Sean Kelly, em 1989.

Quantos títulos mundiais Pogačar possui?

Tadej Pogačar possui dois títulos mundiais consecutivos na prova de estrada Elite masculina, conquistados em Zurique 2024 e Kigali 2025. O esloveno é o primeiro ciclista a vencer o Tour de France e o Mundial de estrada em duas temporadas seguidas.

Qual foi a distância percorrida por Pogačar sozinho em Kigali?

No Mundial de Kigali 2025, Pogačar realizou uma travessia solitária de 77 quilômetros, atacando quando faltavam 104km para o final e mantendo-se isolado até a linha de chegada, demonstrando força física e mental excepcionais.

Quem ficou em segundo e terceiro lugar no Mundial de Kigali?

A medalha de prata ficou com o belga Remco Evenepoel, que chegou 1min28s atrás de Pogačar. O bronze foi conquistado pelo irlandês Ben Healy, com 2min16s de diferença, marcando a primeira medalha da Irlanda na categoria desde 1989.