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Jonas Vingegaard: Perfil do Ciclista

Descubra a trajetória extraordinária de Jonas Vingegaard, o bicampeão do Tour de France que se tornou um dos maiores escaladores da história do ciclismo. Conheça suas conquistas, estilo de corrida e a rivalidade épica com Tadej Pogačar.

Jonas Vingegaard

Nascido em 10 de dezembro de 1996 na pequena cidade de Hillerslev, na Dinamarca, Jonas Vingegaard se transformou em um dos maiores escaladores da história do ciclismo. Sua ascensão meteórica ao topo do esporte, conquistando o Tour de France em 2022 e 2023, é uma história inspiradora de dedicação, talento natural e evolução constante. Hoje, representando a poderosa equipe Visma-Lease a Bike, Vingegaard consolidou-se como o principal rival de Tadej Pogačar, protagonizando uma das maiores rivalidades do ciclismo moderno.

Dos Primeiros Pedais ao Profissionalismo

A jornada de Vingegaard no ciclismo profissional começou de forma modesta em 2016, quando integrou a equipe continental dinamarquesa ColoQuick-Cult. Embora sua carreira juvenil não tenha sido repleta de grandes vitórias, o jovem ciclista demonstrava um potencial extraordinário nas subidas. Foi sua performance excepcional no Tour du Loir et Cher, onde conquistou o prêmio de melhor jovem ciclista, que atraiu os olhares atentos da então Team Jumbo-Visma.

Em 2019, Vingegaard deu o salto definitivo para o WorldTour, assinando como neo-profissional com a equipe holandesa. Sua primeira grande vitória no pelotão de elite veio em uma etapa desafiadora do Tour de Pologne, sinalizando que um novo talento estava emergindo no cenário internacional.

O Despertar de um Campeão: Temporada 2021

O ano de 2021 marcou o ponto de virada na carreira de Vingegaard. A temporada iniciou de forma promissora, com vitórias na etapa do Jebel Jais no UAE Tour, onde superou ninguém menos que Tadej Pogačar. Posteriormente, dominou a Settimana Coppi e Bartali, conquistando duas etapas e o título geral.

Porém, foi no Tour de France de 2021 que o mundo descobriu quem era Jonas Vingegaard. Inicialmente escalado como gregário de luxo para Primož Roglič, o dinamarquês assumiu a liderança da equipe após a queda do esloveno. Em uma demonstração impressionante de força e maturidade, Vingegaard colou nas rodas de Pogačar durante as etapas decisivas nos Pirineus, garantindo o segundo lugar no pódio de Paris e anunciando ao mundo que um novo protagonista havia chegado para desafiar o domínio do bicampeão esloveno.

2022: O Ano da Consagração e da Camisa Amarela

A temporada de 2022 foi histórica para Vingegaard. Após preparação meticulosa com segundo lugar na Tirreno-Adriatico e performance sólida no Critérium du Dauphiné, o dinamarquês chegou ao Tour pronto para o duelo com Pogačar.

O momento decisivo ocorreu na etapa 11, com final no mítico Col du Granon. Naquele dia memorável, Vingegaard desferiu um ataque devastador que deixou Pogačar sem resposta, conquistando a camisa amarela que não abandonaria mais até Paris. O dinamarquês demonstrou não apenas suas qualidades como escalador de elite, mas também sua força mental excepcional, em um gesto de fair play que correu o mundo quando esperou por Pogačar após uma queda na descida.

Com vitórias nas etapas 11 e 18, além da camisa de bolinhas vermelhas (melhor escalador), Vingegaard tornou-se o segundo ciclista dinamarquês a vencer o Tour de France, 26 anos após Bjarne Riis. A margem final de vitória foi de 2 minutos e 43 segundos sobre Pogačar, consolidando sua posição como o novo rei das montanhas.

2023: Domínio Absoluto e Bicampeonato

Se em 2022 Vingegaard havia provado ser páreo para Pogačar, em 2023 ele demonstrou superioridade. A preparação foi impecável: varreu o O Gran Camiño vencendo todas as etapas disputadas, dominou a Itzulia Basque Country com três vitórias de etapa, e pulverizou a concorrência no Critérium du Dauphiné com a maior margem de vitória desde 1993.

No Tour de France de 2023, a rivalidade com Pogačar alcançou níveis épicos. Durante as duas primeiras semanas, os dois permaneceram separados por poucos segundos, travando batalhas memoráveis nas montanhas. Porém, na etapa 16, um contrarrelógio individual que incluía uma subida de categoria 2, Vingegaard desfechou o golpe fatal. Sua performance foi simplesmente espetacular, abrindo 1 minuto e 38 segundos sobre seu rival.

No dia seguinte, na etapa rainha com chegada em Courchevel, Vingegaard aplicou a estocada definitiva. Pogačar, visivelmente esgotado, foi deixado para trás na subida final, perdendo quase 6 minutos. A vitória final em Paris foi por impressionantes 7 minutos e 29 segundos – a maior margem desde 2014. Vingegaard conquistou seu bicampeonato de forma dominante, confirmando-se como o melhor ciclista de Grand Tour do momento.

2024: Superação e Resiliência Após Acidente Grave

A temporada de 2024 apresentou desafios sem precedentes para Vingegaard. Após começar o ano de forma brilhante vencendo novamente o O Gran Camiño e a Tirreno-Adriatico, o dinamarquês sofreu um acidente gravíssimo na Itzulia Basque Country. O impacto resultou em costelas fraturadas, clavícula quebrada e lesão pulmonar, colocando em dúvida sua participação no Tour.

Em uma demonstração extraordinária de determinação e capacidade de recuperação, Vingegaard não apenas esteve no Tour de France como terminou em segundo lugar, atrás apenas de Pogačar, conquistando ainda uma vitória de etapa. Posteriormente, venceu o Tour de Pologne antes de encerrar precocemente sua temporada em agosto devido à fadiga acumulada.

Características Técnicas e Estilo de Corrida

Vingegaard é reconhecido como um dos melhores escaladores da história do ciclismo. Sua potência relativa nas subidas longas é excepcional – estudos estimam que ele seja capaz de manter relações potência/peso acima de 7 watts/kg em ascensões prolongadas. No contrarrelógio da etapa 16 do Tour 2023, análises calcularam que ele manteve impressionantes 7,38 w/kg por mais de 13 minutos.

Seu estilo de pedalada é caracterizado por alta cadência e eficiência biomecânica notável. Ao contrário de alguns escaladores puristas, Vingegaard também desenvolveu habilidades sólidas em contrarrelógios, tornando-se um competidor completo. Sua capacidade de gerenciar esforços durante três semanas de corrida, administrando quando perder tempo e quando atacar, demonstra uma maturidade tática rara para sua idade.

Palmares e Principais Conquistas

  • Tour de France: Bicampeão (2022, 2023) com 4 vitórias de etapa
  • Vuelta a España: Vice-campeão (2023) com 2 vitórias de etapa
  • Itzulia Basque Country: Campeão (2023) com 3 vitórias de etapa
  • Critérium du Dauphiné: Campeão (2023) com 2 vitórias de etapa
  • Tirreno-Adriatico: Campeão (2024)
  • O Gran Camiño: Bicampeão (2023, 2024)
  • Tour de Pologne: Campeão (2024)
  • Coppi e Bartali: Campeão (2021) com 2 vitórias de etapa

A Rivalidade com Tadej Pogačar

A rivalidade entre Vingegaard e Pogačar é considerada uma das maiores da história recente do ciclismo. Os dois têm estilos contrastantes: enquanto Pogačar é explosivo e imprevisível, Vingegaard é metódico e calculista. Nos últimos três Tours (2021-2023), Vingegaard demonstrou uma vantagem consistente na terceira semana, quando as pernas estão mais cansadas e as montanhas mais exigentes. Especialistas como Pez Cycling News analisam que Vingegaard possui “uma vantagem inegável sobre Pogačar conforme a corrida avança”.

Vida Pessoal e Valores

Fora das estradas, Vingegaard é conhecido por sua personalidade reservada e humilde. Casado com Trine Hansen, o casal tem uma filha. O dinamarquês frequentemente compartilha que sua família é sua maior motivação. Seus valores de esportividade foram evidenciados em 2022, quando esperou por Pogačar após uma queda, ganhando admiração mundial pelo gesto de fair play.

Financeiramente, sua ascensão ao topo reflete-se em seu salário. Após as conquistas no Tour, Vingegaard assinou um contrato que lhe garante aproximadamente €4 milhões por ano até 2028, colocando-o entre os ciclistas mais bem pagos do pelotão.

Legado e Futuro no Ciclismo

Aos 27 anos, Jonas Vingegaard já garantiu seu lugar entre os grandes do ciclismo. Ele se tornou apenas o oitavo ciclista na história a conquistar a camisa amarela e a camisa de bolinhas vermelhas no mesmo Tour de France, juntando-se a lendas como Eddy Merckx, Fausto Coppi e Chris Froome.

Sua capacidade de evoluir constantemente, combinada com a estrutura profissional da Visma-Lease a Bike e seu talento natural excepcional, sugere que mais conquistas virão. Com contrato garantido até 2028, Vingegaard tem à frente várias temporadas para consolidar ainda mais seu legado e, potencialmente, alcançar o tricampeonato do Tour de France – feito que apenas alguns poucos conseguiram na história.

O dinamarquês representa a nova geração do ciclismo: atletas cientificamente preparados, taticamente inteligentes e com mentalidade profissional impecável. Sua trajetória desde Hillerslev até o topo do pódio em Paris inspira milhares de jovens ciclistas ao redor do mundo, provando que com talento, trabalho árduo e a estrutura adequada, é possível alcançar os sonhos mais ambiciosos sobre duas rodas.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Jonas Vingegaard

1. Quantas vezes Jonas Vingegaard venceu o Tour de France?

Jonas Vingegaard venceu o Tour de France duas vezes consecutivas, em 2022 e 2023. Ele é apenas o segundo ciclista dinamarquês a conquistar o Tour, sendo o primeiro desde Bjarne Riis em 1996. Vingegaard também se tornou o primeiro dinamarquês a vencer a prova mais de uma vez.

2. Qual é a altura e peso de Jonas Vingegaard?

Jonas Vingegaard tem aproximadamente 1,75m de altura e pesa cerca de 60kg durante a temporada competitiva. Essa relação peso-altura é típica dos melhores escaladores do ciclismo profissional, proporcionando uma excelente relação potência/peso nas subidas longas.

3. Qual equipe Jonas Vingegaard corre atualmente?

Jonas Vingegaard corre pela Visma-Lease a Bike (anteriormente conhecida como Team Jumbo-Visma). Ele está na equipe desde 2019 e tem contrato garantido até 2028, sendo um dos pilares do time holandês nas competições de Grand Tour.

4. Jonas Vingegaard é casado?

Sim, Jonas Vingegaard é casado com Trine Hansen e o casal tem uma filha. O ciclista dinamarquês frequentemente menciona que sua família é sua maior fonte de motivação e inspiração para suas conquistas no ciclismo.

5. Qual foi o acidente de Jonas Vingegaard em 2024?

Em abril de 2024, Vingegaard sofreu um acidente grave na Itzulia Basque Country, resultando em costelas e clavícula fraturadas, além de lesão pulmonar. O acidente colocou em dúvida sua participação no Tour de France daquele ano, mas ele se recuperou de forma surpreendente para terminar em segundo lugar.

6. Quanto ganha Jonas Vingegaard por ano?

Jonas Vingegaard tem um salário estimado de aproximadamente €4 milhões por ano, tornando-o um dos ciclistas mais bem pagos do pelotão. Seu contrato com a Visma-Lease a Bike se estende até 2028, refletindo seu status como um dos maiores talentos do ciclismo mundial.

7. Qual é a rivalidade entre Vingegaard e Pogačar?

A rivalidade entre Jonas Vingegaard e Tadej Pogačar é considerada uma das maiores do ciclismo moderno. Os dois se enfrentaram nos últimos Tours de France com performances memoráveis. Vingegaard venceu em 2022 e 2023, enquanto Pogačar foi campeão em 2020, 2021 e 2024. Seus duelos nas montanhas são frequentemente comparados às grandes rivalidades históricas do esporte.

8. Jonas Vingegaard já venceu outras Grand Tours além do Tour?

Além dos dois títulos no Tour de France, Vingegaard foi vice-campeão na Vuelta a España de 2023, ficando em segundo lugar atrás de seu companheiro de equipe Sepp Kuss. Ele conquistou duas vitórias de etapa naquela Vuelta, demonstrando seu alto nível em outra Grand Tour.

9. Qual é o estilo de corrida de Jonas Vingegaard?

Vingegaard é conhecido por ser um escalador excepcional com alta cadência de pedalada e excelente eficiência biomecânica. Ele também desenvolveu forte capacidade em contrarrelógios. Seu estilo é caracterizado por gestão inteligente de esforços, ataques calculados e resistência excepcional em subidas longas de alta montanha.

10. Quais foram os principais resultados de Vingegaard em 2023?

Em 2023, Vingegaard teve uma temporada espetacular, vencendo o O Gran Camiño, Itzulia Basque Country (com três etapas), Critérium du Dauphiné (com duas etapas) e, principalmente, seu segundo Tour de France consecutivo por margem dominante. Também terminou em segundo lugar na Vuelta a España com duas vitórias de etapa, consolidando-se como o melhor ciclista de Grand Tours daquele ano.

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