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A Nova Era dos Influenciadores de Ciclismo: Como as Redes Sociais Estão Transformando o Esporte

Descubra como os influenciadores de ciclismo estão revolucionando o esporte nas redes sociais. Das gerações Millennial e Gen Z aos ciclistas profissionais, entenda como Instagram, TikTok e YouTube estão transformando o ciclismo em um movimento global.

A Nova Era dos Influenciadores de Ciclismo

O ciclismo nunca foi tão acessível e inspirador quanto é hoje. Se você pedala, provavelmente já se pegou rolando o feed do Instagram e encontrando aquele vídeo perfeito de alguém conquistando uma subida épica, ou talvez tenha se inspirado com um criador de conteúdo mostrando os bastidores de um treino intenso. Os influenciadores de ciclismo estão redefinindo completamente a forma como vivemos e consumimos o esporte sobre duas rodas.

Antigamente, os ciclistas profissionais pareciam super-heróis inatingíveis, figuras distantes que víamos apenas na TV durante o Tour de France. Hoje, a história é completamente diferente. Graças às redes sociais, qualquer pessoa com um smartphone pode compartilhar sua paixão pelo ciclismo e inspirar milhares – ou até milhões – de outras pessoas a subirem na bike.

De Espectadores Distantes a Comunidade Conectada

A transformação começou silenciosamente, mas os números não mentem. Segundo dados da Strava, plataforma favorita dos ciclistas para registrar treinos, o número de praticantes no Reino Unido com menos de 35 anos cresceu mais de 80% desde 2019. No Brasil, pesquisas recentes mostram crescimento de 6,1% no número de participantes em eventos de ciclismo entre 2023 e 2024, mesmo com menos provas disponíveis.

Mas o que realmente mudou? A resposta está no seu bolso: o smartphone. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube democratizaram completamente o acesso ao conteúdo sobre ciclismo. Não importa se você está começando agora ou se já é um ciclista experiente – existe alguém criando conteúdo especificamente para você.

Os Novos Rostos do Ciclismo Mundial

Conheça Dan Jones, mais conhecido como @daaaanjj no Instagram. Com apenas três anos de experiência no ciclismo, ele acumulou impressionantes 118 mil seguidores e patrocínios de marcas como Van Rysel, Garmin e Rapha. O segredo? Autenticidade.

“Uma página como a minha, onde é obviamente um pouco mais identificável do que os profissionais, pode ser algo para inspirar as pessoas a entrarem no esporte”, explica Dan em entrevista. Ele se autodenomina um “amador profissional” e faz questão de mostrar tanto os momentos de glória quanto as dificuldades que todo ciclista enfrenta.

@daaaanjj
@daaaanjj

Outro exemplo inspirador é Inigo Hawkings (@inigocc), que aos 26 anos compete pela equipe Swatt Club e acumulou 17,2 mil seguidores no Instagram e mais de um milhão de curtidas no TikTok. Seu conteúdo mistura análises do pelotão profissional com sua própria jornada como corredor, provando que é possível ser atleta e criador de conteúdo ao mesmo tempo.

Profissionais Também Aderem às Redes Sociais

Não são apenas os amadores que estão aproveitando o poder das redes sociais. Ciclistas profissionais como Josh Tarling e Ben Turner, da Ineos Grenadiers, conquistaram milhões de visualizações com suas vlogs durante o Giro d’Italia. Os vídeos mostrando os bastidores da corrida, desde atrasos para as apresentações até os momentos de descontração no ônibus da equipe, humanizaram completamente a experiência do ciclismo profissional.

Mesmo Tadej Pogačar, com seus 2,4 milhões de seguidores no Instagram, interage com criadores de conteúdo. Em 2025, ele comentou em um vídeo de Dan Jones onde o influenciador tentava bater seu recorde no Coll de Rates: “Fecha o zíper do jersey e você vai abaixo de 20 minutos”, brincou o campeão mundial – cujo próprio recorde é oito minutos mais rápido.

O Ciclismo Ficou Cool de Novo

Por décadas, o ciclismo carregou o estigma de ser um esporte de “homens de meia-idade em lycra” (o famoso MAMIL – Middle Aged Men In Lycra). Mas as gerações Millennial e Gen Z estão mudando completamente essa narrativa através das redes sociais.

A colaboração entre Supreme, Castelli e Bob Esponja que viralizou no verão de 2025 é um exemplo perfeito. Pode parecer absurdo para quem está no esporte há décadas, mas essas parcerias estão atraindo um público completamente novo para o ciclismo. Marcas de streetwear perceberam que existe uma interseção fascinante entre performance atlética, moda urbana e cultura jovem.

Como Dan Jones observou: “Há alguns anos, até assistir ao WorldTour, eu simplesmente assumia que era meio chato. E quando entrei nas redes sociais, você percebe que não são apenas caras de meia-idade”.

O Impacto Financeiro e Comercial

O crescimento do ciclismo nas redes sociais tem implicações que vão muito além do entretenimento. Equipes profissionais que tradicionalmente dependem de patrocínios corporativos voláteis estão percebendo que a visibilidade online pode ser a chave para garantir investimentos de longo prazo.

Se olharmos para outros esportes como futebol e tênis, fica claro que atletas com forte presença nas redes sociais atraem mais patrocinadores e negociam melhores contratos. O ciclismo está finalmente acordando para essa realidade. Investir nos atletas como marcas pessoais, não apenas como corredores, pode ser a solução para os desafios financeiros que o esporte enfrenta.

Mulheres Conquistam Seu Espaço

Um dos aspectos mais empolgantes dessa revolução digital é o impacto no ciclismo feminino. Dados da Zwift revelam que os canais oficiais do Tour de France Femmes cresceram para 2,6 milhões de fãs em 2025, um aumento de 700 mil em relação ao ano anterior.

No Brasil, a participação feminina em eventos de ciclismo saltou de 22,18% em 2023 para 24,65% em 2024. Influenciadoras como Laura Kirkpatrick (@lauradoessports), que largou seu emprego corporativo para criar conteúdo sobre ciclismo em tempo integral, estão liderando essa mudança.

“Como criadora, especialmente com algo tão nichado quanto ciclismo feminino, que não tem tanta cobertura, sinto que tenho a responsabilidade de promover mulheres no esporte”, explica Laura, que percorreu 1.500 km de bikepacking acompanhando o Tour de France Femmes para documentar a corrida.

O Desafio da Acessibilidade

Nem tudo são flores nessa história. Um dos maiores riscos dos influenciadores de ciclismo é perpetuar a imagem de inacessibilidade do esporte. Quando você abre o Instagram e vê apenas bikes de carbono de cinco dígitos, rodas aerodinâmicas e paisagens de Mallorca, é fácil sentir que o ciclismo não é para você.

Dan Jones está consciente desse problema: “Quando posso, digo: ‘obviamente, você não precisa dessas coisas para entrar no esporte’. E tento contar a história de como cheguei a este ponto. Comecei com o básico, a bike de entrada”.

A chave está em mostrar o processo de evolução. Sim, os equipamentos top de linha são incríveis, mas o que realmente importa é a jornada. Mostrar os furos, as quedas, a ansiedade de pedalar nas estradas movimentadas – isso sim cria conexão verdadeira com o público.

O Futuro do Ciclismo Está nas Telas

Atualmente, existem 5,24 bilhões de usuários ativos nas redes sociais em todo o mundo – cerca de 63,9% da população global. Esses usuários passam em média 2 horas e 21 minutos por dia conectados. Para o ciclismo, isso representa uma oportunidade sem precedentes de alcançar novos públicos.

Plataformas como TikTok estão liderando esse crescimento, com usuários Android passando em média 31 horas e 32 minutos por mês no aplicativo. O formato de vídeos curtos é perfeito para capturar os momentos mais emocionantes de uma pedalada: aquela descida vertiginosa, a conquista de uma subida difícil, ou simplesmente a alegria de estar sobre a bike.

A Revolução Brasileira nas Duas Rodas

O Brasil está vivendo um momento especial no ciclismo. A pandemia acelerou um movimento que já estava ganhando força: mais pessoas descobrindo ou redescobrindo o prazer de pedalar. Grupos de pedal organizados pelas redes sociais se multiplicaram por todo o país, transformando o ciclismo de uma atividade solitária em experiência coletiva.

Cidades como São Paulo, Curitiba, Recife e Fortaleza expandiram suas ciclovias. Eventos como o Gran Cup Brasil e o recém-lançado Desafio Brasil by La Vuelta mostram a profissionalização do esporte nacional. E nas redes sociais? Perfis brasileiros dedicados ao ciclismo crescem exponencialmente, criando uma comunidade cada vez mais engajada.

Plataformas como Instagram e Strava se tornaram verdadeiros diários digitais onde ciclistas compartilham rotas, conquistas e experiências. O resultado? Uma comunidade mais forte, mais inclusiva e mais apaixonada pelo esporte.

Dicas para Quem Quer Começar

Se você está pensando em entrar no mundo do ciclismo influenciado pelas redes sociais, aqui vão algumas dicas valiosas:

  • Comece com o que você tem: Não precisa de uma bike top de linha. O importante é pedalar.
  • Encontre sua comunidade: Procure grupos de pedal nas redes sociais da sua cidade.
  • Use aplicativos: Strava, Komoot e Relive ajudam a registrar suas pedaladas e encontrar rotas.
  • Siga criadores diversos: Busque influenciadores que representem diferentes aspectos do ciclismo.
  • Não compare sua jornada: Cada ciclista tem seu próprio ritmo e objetivos.
  • Invista em segurança: Capacete é obrigatório, sempre.
  • Compartilhe suas conquistas: Não tenha vergonha de celebrar seus progressos.

O Poder da Representatividade

Uma das maiores contribuições dos influenciadores de ciclismo é mostrar que o esporte é para todos. Criadores de diferentes origens, gêneros, idades e níveis de habilidade estão provando que não existe um “tipo certo” de ciclista.

Inigo Hawkings resume perfeitamente: “Você não precisa ser um guerreiro fazendo 100 milhas todo dia. Você pode simplesmente ir e pedalar 10 quilômetros até o café local e voltar”.

Essa mensagem de inclusão e acessibilidade é fundamental para o crescimento sustentável do ciclismo. Quanto mais pessoas se virem representadas nas redes sociais, mais pessoas se sentirão encorajadas a experimentar o esporte.

Uma Nova Era Sobre Duas Rodas

A ascensão dos influenciadores de ciclismo representa muito mais do que uma tendência passageira nas redes sociais. Estamos testemunhando uma transformação fundamental na forma como o esporte é vivido, compartilhado e consumido.

Das montanhas dos Alpes aos parques urbanos brasileiros, das bikes de carbono profissionais às bicicletas de entrada, o ciclismo está mais democrático e acessível do que nunca. E as redes sociais são o motor dessa revolução.

Se você ainda não subiu na bike, talvez seja hora de dar uma chance. E se você já pedala, por que não compartilhar sua paixão? Afinal, o próximo influenciador de ciclismo que vai inspirar milhares de pessoas pode ser você.

Quer descobrir mais sobre o universo do ciclismo? Confira nossos outros artigos sobre equipamentos, treinamento e competições!


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O que são influenciadores de ciclismo?

Influenciadores de ciclismo são criadores de conteúdo que compartilham sua paixão pelo esporte através de plataformas como Instagram, TikTok e YouTube. Eles podem ser desde amadores apaixonados até ciclistas profissionais, e seu conteúdo varia de dicas de treinamento a vlogs de corridas e reviews de equipamentos.

2. Quais são os influenciadores de ciclismo mais populares atualmente?

Alguns dos mais populares incluem Dan Jones (@daaaanjj) com 118 mil seguidores, Josh Tarling e Ben Turner da Ineos Grenadiers com milhões de visualizações em suas vlogs, e Inigo Hawkings (@inigocc) com mais de um milhão de curtidas no TikTok. No Brasil, canais como GCN em Espanhol também são muito influentes.

3. Como as redes sociais mudaram o ciclismo?

As redes sociais democratizaram o acesso ao conteúdo sobre ciclismo, tornando o esporte mais acessível e inspirador. Elas permitiram que ciclistas comuns compartilhassem suas experiências, criaram comunidades globais, aumentaram a visibilidade do ciclismo feminino e aproximaram fãs dos atletas profissionais.

4. Preciso de equipamentos caros para começar no ciclismo?

Não! Como muitos influenciadores enfatizam, você pode começar com uma bike básica de entrada. O mais importante é começar a pedalar. Com o tempo e conforme sua paixão cresce, você pode investir gradualmente em equipamentos melhores.

5. Qual a melhor plataforma para acompanhar conteúdo de ciclismo?

Depende do tipo de conteúdo que você procura. O Instagram é excelente para fotos inspiradoras e vídeos curtos, o YouTube oferece conteúdo mais longo e detalhado como reviews e tutoriais, o TikTok tem vídeos virais e divertidos, e o Strava é perfeito para conectar-se com outros ciclistas e compartilhar rotas.

6. O ciclismo feminino está crescendo nas redes sociais?

Sim! Os canais oficiais do Tour de France Femmes cresceram para 2,6 milhões de fãs em 2025, e no Brasil a participação feminina em eventos aumentou de 22,18% para 24,65% entre 2023 e 2024. Influenciadoras como Laura Kirkpatrick estão liderando esse movimento.

7. Como encontrar grupos de pedal na minha cidade?

Use redes sociais como Facebook e Instagram para buscar por grupos de pedal da sua região. O Strava também mostra clubes locais. Muitas lojas de bicicletas organizam pedais em grupo, e aplicativos de mensagens como WhatsApp são comumente usados para coordenar saídas.

8. Ciclistas profissionais realmente interagem com fãs nas redes?

Sim! Como vimos no caso do Tadej Pogačar comentando no vídeo de Dan Jones, muitos ciclistas profissionais são ativos nas redes sociais. Josh Tarling e Ben Turner compartilham vlogs regulares, e diversos atletas do WorldTour mantêm presença ativa no Instagram e outras plataformas.

9. Qual o impacto das redes sociais no ciclismo profissional?

As redes sociais estão ajudando equipes profissionais a atrair patrocinadores através da maior visibilidade online. Atletas com forte presença digital conseguem negociar melhores contratos, e o esporte como um todo está se tornando mais acessível ao público geral, o que pode significar maior sustentabilidade financeira no futuro.

10. Como posso me tornar um influenciador de ciclismo?

Comece compartilhando autenticamente sua jornada no ciclismo. Documente seus treinos, desafios e conquistas. Seja consistente nas postagens, interaja com sua comunidade, e mais importante: seja você mesmo. O público valoriza autenticidade acima de tudo. Use hashtags relevantes e não tenha medo de mostrar tanto os sucessos quanto as dificuldades.

11. O que é necessário para começar a pedalar com segurança?

O essencial é um capacete de qualidade (sempre use!), uma bike em bom estado de conservação, roupas confortáveis, e conhecimento básico das leis de trânsito. Comece em locais seguros como parques ou ciclovias, e gradualmente aumente a dificuldade conforme ganha confiança.

12. Quanto tempo devo dedicar ao ciclismo para ver resultados?

Não existe uma resposta única. Mesmo 30 minutos de pedalada, três vezes por semana, já trazem benefícios significativos para saúde e condicionamento. O importante é ser consistente e gradualmente aumentar a duração e intensidade conforme seu corpo se adapta.

13. As colaborações entre marcas de streetwear e ciclismo são uma tendência real?

Sim! Colaborações como Supreme X Castelli X SpongeBob mostram que marcas de moda urbana estão percebendo o potencial do mercado ciclístico jovem. Essas parcerias ajudam a quebrar o estereótipo de que ciclismo é apenas para um público específico e atraem novos praticantes para o esporte.

14. O que é o conceito de “amador profissional” no ciclismo?

É um termo usado por influenciadores como Dan Jones para descrever ciclistas que levam o esporte a sério, investem em equipamentos e treinamento de qualidade, mas não competem profissionalmente. Eles preenchem a lacuna entre o ciclista casual de fim de semana e os atletas profissionais do WorldTour.

15. Como o ciclismo pode contribuir para um estilo de vida mais sustentável?

A bicicleta é um dos meios de transporte mais sustentáveis disponíveis, não emitindo poluentes e reduzindo congestionamentos urbanos. Além disso, pedalar regularmente melhora a saúde física e mental, reduzindo custos com saúde e combustível. Muitas cidades brasileiras estão expandindo sua infraestrutura cicloviária justamente por esses benefícios.

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