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Merhawi Kudus Conquista Título Africano de Ciclismo de Estrada 12 Anos Após Último Pódio

Ciclista eritreu Merhawi Kudus conquista título continental africano 12 anos após último pódio, superando grave lesão. Eritreia domina campeonato com quatro títulos consecutivos. Conheça a história de superação do veterano de 31 anos.

Merhawi Kudus Conquista Título Africano de Ciclismo de Estrada

A emoção tomou conta do pelotão africano no último domingo quando Merhawi Kudus, ciclista eritreu de 31 anos que compete pela equipe espanhola Burgos Burpellet BH, cruzou a linha de chegada do Campeonato Continental Africano de Ciclismo de Estrada de mãos dadas com seu compatriota Awet Aman, selando uma dobradinha histórica para a Eritreia. A vitória, conquistada em Kwale, no Quênia, representa não apenas um marco pessoal para Kudus, mas também simboliza uma jornada de superação que levou mais de uma década para se concretizar.

Uma Década de Espera e Determinação

A última vez que Merhawi Kudus havia subido ao pódio do Campeonato Africano de Ciclismo de Estrada foi em 2012, quando tinha apenas 19 anos e disputava sua primeira temporada como profissional. Naquela ocasião, em Sharm el-Sheikh, no Egito, conquistou o terceiro lugar. Doze anos depois, finalmente alcançou o topo.

“Não consigo expressar o quanto estou feliz. Cheguei ao pódio há anos, mas esta vitória me deixa incrivelmente feliz e extremamente orgulhoso da minha equipe”, declarou Kudus logo após cruzar a linha de chegada.

A conquista ganha ainda mais relevância quando consideramos que apenas nove meses antes, em fevereiro de 2025, Kudus sofreu um grave acidente no Grand Prix La Marseillaise, na França. O ciclista fraturou diversas costelas e vértebras lombares, ficando hospitalizado por um mês inteiro. Muitos duvidaram que ele pudesse retornar ao alto nível, mas a vitória no Quênia provou que sua determinação era maior que qualquer obstáculo.

A Prova Decisiva em Solo Queniano

O percurso do Campeonato Continental Africano totalizou 164 quilômetros, começando na costa de Diani Beach e seguindo por dez voltas em um circuito costeiro antes de adentrar o interior montanhoso do Quênia. A estratégia da seleção eritreia foi impecável desde o primeiro quilômetro, controlando completamente o ritmo da corrida.

Merhawi Kudus vence o Campeonato Continental Africano ao lado do companheiro de equipe Awet Aman
Merhawi Kudus vence o Campeonato Continental Africano ao lado do companheiro de equipe Awet Aman

Os dois ascensos finais definiram o campeonato. Na subida de Vuga, com 2,5 quilômetros a 7% de inclinação, os eritreus impuseram um ritmo devastador que reduziu o pelotão a apenas doze corredores. Entre eles estava não apenas Kudus, mas também seu companheiro de equipe no Burgos Burpellet BH, Alexandre Mayer, que representava Maurício.

A decisão veio nas rampas finais de Kwale, uma ascensão brutal de 1,5 quilômetros a 8,5% de gradiente. Foi ali que Kudus lançou seu ataque definitivo, sendo seguido apenas por Awet Aman. Os dois entraram juntos na meta, com Kudus recebendo a vitória como reconhecimento por sua experiência e liderança.

O argelino Oussama Abdellah Mimouni, de apenas 22 anos, conquistou o bronze após uma perseguição corajosa, chegando cinco segundos depois da dupla eritreia. Alexandre Mayer terminou em um respeitável décimo lugar, apesar de não ser um escalador puro.

Eritreia: Uma Potência em Ascensão no Ciclismo Mundial

A vitória de Kudus marca o quarto título consecutivo da Eritreia no campeonato masculino elite africano. Nos três anos anteriores, Henok Mulubrhan, que compete pela equipe XDS Astana, havia dominado a competição.

O ciclismo eritreu vem ganhando destaque mundial nos últimos anos, especialmente após as conquistas históricas de Biniam Girmay no Tour de France 2024. Girmay tornou-se o primeiro ciclista negro africano a vencer etapas na Grande Boucle e, em feito ainda mais impressionante, conquistou a cobiçada camisa verde da classificação por pontos, tornando-se o primeiro africano a vencer qualquer classificação no Tour de France.

Além de Girmay e Kudus, outros eritreus brilham no pelotão profissional, como Amanuel Ghebreigzabhier, que atua como gregário na poderosa Lidl-Trek. Essa geração dourada de ciclistas eritreus está reescrevendo a história do ciclismo africano no cenário mundial.

Preparação Meticulosa e Sacrifício

A vitória não foi fruto do acaso. Tanto Kudus quanto Mayer, os dois ciclistas africanos da equipe Burgos Burpellet BH, tomaram uma decisão crucial: estender seus treinamentos por quatro semanas adicionais após o final da temporada europeia de 2025.

Enquanto a maioria dos ciclistas profissionais já desfrutava de suas férias após a longa temporada no continente europeu, Kudus e Mayer permaneceram treinando intensamente na Eritreia, aclimatando-se às condições tropicais que encontrariam no Quênia.

“Nos preparamos muito bem para este objetivo. Passamos as últimas quatro semanas na Eritreia trabalhando arduamente para chegar em forma de ponta”, explicou Kudus.

O sacrifício valeu a pena. O campeonato, originalmente programado para setembro, foi adiado para o final de novembro, mas a dupla manteve o foco e a preparação.

Desempenho Completo da Equipe Burgos Burpellet BH

A participação dos representantes do Burgos Burpellet BH nos Campeonatos Africanos foi excepcional, resultando em três medalhas no total. Alexandre Mayer foi protagonista nas provas contra o relógio, conquistando o bronze na contrarrelógio individual disputada em Diani Beach, um percurso plano de apenas 14 quilômetros.

No dia seguinte, Mayer ampliou seu saldo de medalhas ao liderar a seleção de Maurício à vitória na contrarrelógio por equipes mistas, superando Ruanda e Argélia. A Eritreia terminou em quarto nessa prova, com Kudus reservando energias para seu grande objetivo: a prova de estrada.

Para a equipe espanhola, os resultados foram além do aspecto esportivo. A vitória de Kudus trouxe 250 pontos UCI para o ranking da equipe, dando um impulso significativo na temporada 2026, que oficialmente começou em 20 de outubro. Somados aos mais de 300 pontos obtidos pela equipe no campeonato africano, o Burgos Burpellet BH iniciou o novo ano calendário com um saldo extremamente positivo.

Hayley Preen Conquista Título Feminino

Na categoria feminina elite, a sul-africana Hayley Preen impediu que a Eritreia fizesse uma dobradinha completa. Preen, mais conhecida como especialista em gravel e atual campeã nacional sul-africana de gravel, mostrou sua versatilidade ao vencer a prova de estrada.

A eritreia Birikti Fessehaye, de 23 anos, ficou com a prata, enquanto a ruandesa Claudette Nyirarukundo completou o pódio. A decisão da prova feminina também ocorreu na subida final para Kwale.

“Com o percurso sendo muito plano no início, eu sabia que tudo seria decidido na subida. Tentei ficar relaxada, seguir os movimentos e guardar tudo para a última escalada. Minhas companheiras de equipe foram muito fortes e eu realmente gostei da subida no final, funcionou a meu favor”, declarou Preen.

Esta vitória colocou Preen um degrau acima de seu segundo lugar em 2021, adicionando seu nome a uma lista prestigiosa de campeãs sul-africanas no campeonato continental, que inclui a pentacampeã Ashleigh Moolman-Pasio, além de Carla Oberholzer e Lylanie Lauwrens.

Domínio Eritreu em Todas as Categorias

O sucesso da Eritreia no Campeonato Continental Africano foi completo. Além da vitória de Kudus na categoria elite masculina, o país também triunfou nas categorias sub-23 e júnior masculina.

Na categoria sub-23, Awet Aman adicionou o ouro à sua medalha de prata da categoria elite, demonstrando a profundidade do talento ciclístico eritreu. A estratégia da seleção foi impecável, com os ciclistas eritreus controlando a frente da corrida durante todo o percurso, formando e reagrupando estrategicamente no circuito de Diani, antes de manter a formação até a subida final em Kwale.

Na categoria júnior, o jovem Natan Tesfalem roubou a cena ao conquistar o ouro em 2 horas, 44 minutos e 19 segundos, pedalando a uma velocidade média impressionante de 39,29 km/h no percurso de 107,6 quilômetros.

Primeira Vitória Profissional em Três Anos

Para Merhawi Kudus, a vitória no Quênia representa ainda mais do que um título continental. Este foi seu primeiro triunfo profissional em mais de três anos, marcando o fim de um longo período de reconstrução após lesões graves.

Durante sua carreira, Kudus acumulou seis vitórias como profissional, incluindo três títulos nacionais eritreus de estrada. Seu maior triunfo até então havia sido a conquista da classificação geral e duas etapas do Tour du Rwanda 2019, uma das principais corridas do ciclismo africano.

Kudus também faz parte da história do ciclismo africano nas Grandes Voltas europeias. Em 2015, aos 21 anos, foi um dos primeiros dois ciclistas negros africanos a largar o Tour de France, ao lado de seu compatriota Daniel Teklehaimanot. Naquela edição, Kudus era o ciclista mais jovem de toda a corrida. No ano seguinte, participou do Giro d’Italia.

Pressão e Expectativa de Defender o Título Nacional

Competir como um dos poucos ciclistas profissionais no campeonato trouxe uma pressão adicional para Kudus. A Eritreia chegava ao Quênia como tricampeã defensora do título masculino elite, criando uma enorme expectativa sobre os ombros dos representantes do país do Chifre da África.

“Defender o título para o meu país não foi fácil, mas conseguimos nossa quarta vitória consecutiva. Senti muita pressão por ser um dos corredores profissionais competindo, e queria me sair bem pela minha equipe e pelo meu país. Foi uma corrida dura, mas graças aos meus companheiros conseguimos alcançar o objetivo”, revelou o campeão.

O calor intenso da costa queniana representou o maior desafio físico para os competidores. As temperaturas elevadas exigiram não apenas preparo físico, mas também estratégias inteligentes de hidratação e nutrição ao longo dos 164 quilômetros de prova.

Investimento do Quênia no Ciclismo Continental

O campeonato de cinco dias, organizado pela Confederação Africana de Ciclismo (CAC), recebeu um investimento significativo do governo queniano, totalizando 250 milhões de xelins quenianos (aproximadamente 1,9 milhão de dólares). O evento reuniu mais de 300 ciclistas de 30 países africanos.

Esta foi a segunda vez consecutiva que o Quênia sediou o Campeonato Continental Africano, após ter organizado a edição de 2024 em Eldoret. O Ministro do Esporte do Quênia, Salim Mvurya, declarou que o país ganhou experiência valiosa ao sediar o campeonato duas vezes seguidas, consolidando-se como uma referência na organização de eventos ciclísticos continentais de alto nível.

Apesar do investimento e da organização impecável, a equipe anfitriã queniana teve desempenho modesto. Na categoria júnior masculina, os quenianos Ian Kipchirchir e Aarif Mohamed terminaram em 28º e 30º lugares respectivamente, enquanto seus companheiros Joseph Muiruri e Nicholas Amani não completaram o percurso. Na categoria elite, John Muchiri registrou o tempo de 4:03:35, terminando em 47º lugar entre 51 competidores.

O Futuro Brilhante do Ciclismo Eritreu

A Eritreia, pequeno país do Leste Africano com pouco mais de 3,5 milhões de habitantes, tem se tornado uma verdadeira fábrica de talentos do ciclismo. O sucesso não se limita apenas às vitórias individuais, mas reflete um sistema de desenvolvimento esportivo que vem sendo construído há décadas.

O país investe fortemente no Centro Mundial de Ciclismo (World Cycling Centre) da UCI, enviando jovens talentos para treinarem na Suíça. Foi justamente nesse programa que Biniam Girmay desenvolveu suas habilidades antes de se tornar um dos velocistas mais temidos do pelotão mundial.

Com uma nova geração de ciclistas emergindo, liderada por nomes como Natan Tesfalem na categoria júnior e Awet Aman no sub-23, o futuro do ciclismo eritreu parece ainda mais promissor. A cultura ciclística do país, profundamente enraizada na sociedade, continua produzindo atletas de nível mundial que competem de igual para igual com as potências europeias tradicionais do esporte.

Preparação Para a Temporada 2026

Após a conquista em solo africano, Kudus planeja alguns dias de descanso bem merecido antes de iniciar a preparação para a temporada 2026. O ciclista permanecerá no Burgos Burpellet BH, equipe espanhola de nível ProTeam, onde compete desde 2021.

A vitória no Campeonato Africano garante a Kudus o direito de usar a distintiva camisa de campeão continental durante toda a temporada 2026 nas provas disputadas no continente africano. Essa camisa especial, nas cores da bandeira eritreia, será desenhada pela equipe Burgos Burpellet BH e certamente será motivo de orgulho para o veterano ciclista.

Com a confiança renovada após a vitória e a superação das lesões, Kudus entra na temporada 2026 como um dos principais nomes da sua equipe. Seu papel de líder e mentor dos ciclistas mais jovens da equipe será fundamental, especialmente considerando sua vasta experiência em Grandes Voltas e provas de nível WorldTour.

Impacto no Ranking UCI e Objetivos da Equipe

Os 250 pontos UCI conquistados por Kudus com a vitória no Campeonato Continental Africano representam um impulso significativo para o Burgos Burpellet BH no ranking de equipes para a temporada 2026. Somados aos pontos de Mayer nas contrarrelojes, a equipe espanhola acumulou mais de 300 pontos antes mesmo do início do ano calendário.

Para uma equipe ProTeam, cada ponto UCI é crucial na busca por convites para as principais corridas do calendário WorldTour. Com este início promissor, o Burgos Burpellet BH aumenta suas chances de receber convites para provas de prestígio, onde poderá dar mais visibilidade aos seus patrocinadores e competir contra as melhores equipes do mundo.

A estratégia da equipe de permitir que seus ciclistas africanos participassem dos campeonatos continentais se mostrou acertada, não apenas pelos pontos conquistados, mas também pelo impacto motivacional nas equipes nacionais e no desenvolvimento do ciclismo africano como um todo.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. Quem é Merhawi Kudus?

Merhawi Kudus Ghebremedhin é um ciclista profissional eritreu de 31 anos, nascido em 23 de janeiro de 1994 em Asmara, capital da Eritreia. Atualmente compete pela equipe espanhola Burgos Burpellet BH e é considerado um dos principais ciclistas africanos da atualidade.

2. Quando Merhawi Kudus conquistou o Campeonato Africano de Ciclismo?

Kudus conquistou o título de Campeão Continental Africano de Ciclismo de Estrada no domingo, 24 de novembro de 2024, em Kwale, no Quênia. Esta foi sua segunda medalha no campeonato, após ter conquistado o bronze em 2012.

3. Qual foi o percurso do Campeonato Continental Africano de Ciclismo?

O percurso totalizou 164 quilômetros, começando em Diani Beach com dez voltas em um circuito costeiro plano, antes de adentrar o interior montanhoso do Quênia. Os momentos decisivos ocorreram em duas subidas: Vuga (2,5 km a 7%) e Kwale (1,5 km a 8,5%), onde a corrida foi definida.

4. Quem ficou em segundo e terceiro lugar no campeonato masculino?

O compatriota de Kudus, Awet Aman, também da Eritreia, ficou em segundo lugar após cruzar a linha de chegada junto com o campeão. O bronze foi conquistado pelo jovem argelino Oussama Abdellah Mimouni, de 22 anos, que chegou cinco segundos depois.

5. Quantas vezes consecutivas a Eritreia venceu o Campeonato Africano masculino elite?

Com a vitória de Kudus, a Eritreia conquistou seu quarto título consecutivo no campeonato masculino elite. Nos três anos anteriores, Henok Mulubrhan havia vencido a prova, estabelecendo um período de domínio eritreu na principal competição de ciclismo do continente africano.

6. Qual foi a última vitória profissional de Kudus antes do Campeonato Africano?

Antes de vencer o Campeonato Continental Africano, Kudus estava há mais de três anos sem conquistar uma vitória profissional. Seu último triunfo havia sido em 2019, quando venceu a classificação geral e duas etapas do Tour du Rwanda, uma das principais corridas do ciclismo africano.

7. Que lesões Merhawi Kudus sofreu em 2025?

Em fevereiro de 2025, Kudus sofreu um grave acidente no Grand Prix La Marseillaise, na França, onde fraturou diversas costelas e vértebras lombares. As lesões foram tão sérias que ele ficou hospitalizado por um mês completo. A vitória no Quênia, nove meses depois, marca seu retorno ao mais alto nível do ciclismo profissional.

8. Quem venceu o Campeonato Africano feminino?

A sul-africana Hayley Preen conquistou o título feminino, superando a eritreia Birikti Fessehaye, que ficou com a prata, e a ruandesa Claudette Nyirarukundo, que completou o pódio com o bronze. Preen é conhecida como especialista em gravel e atual campeã nacional sul-africana na modalidade off-road.

9. Qual é a relação entre Merhawi Kudus e Biniam Girmay?

Ambos são ciclistas profissionais eritreus que competem no mais alto nível do ciclismo mundial. Enquanto Kudus é um veterano que participou do Tour de France 2015 e do Giro d’Italia 2016, Biniam Girmay é uma estrela em ascensão que fez história em 2024 ao se tornar o primeiro africano a vencer a classificação por pontos (camisa verde) do Tour de France, além de ter sido o primeiro ciclista negro africano a vencer etapas na Grande Boucle.

10. Quantos pontos UCI a vitória de Kudus trouxe para a equipe Burgos Burpellet BH?

A vitória de Kudus no Campeonato Continental Africano garantiu 250 pontos UCI para a equipe Burgos Burpellet BH. Somados às medalhas de Alexandre Mayer nas provas de contrarrelógio, a equipe espanhola acumulou mais de 300 pontos no campeonato africano, dando um excelente início à temporada 2026.

11. Como foi a preparação de Kudus para o Campeonato Africano?

Kudus e seu companheiro de equipe Alexandre Mayer dedicaram quatro semanas adicionais de treinamento intensivo na Eritreia após o término da temporada europeia. Enquanto a maioria dos ciclistas profissionais já estava de férias, eles permaneceram treinando para se aclimatarem às condições tropicais e de calor que encontrariam no Quênia, demonstrando comprometimento total com o objetivo de conquistar o título continental.

12. Quais foram os outros sucessos da Eritreia no Campeonato Africano 2024?

Além da vitória de Kudus na categoria elite masculina, a Eritreia dominou completamente o campeonato. Awet Aman conquistou o ouro na categoria sub-23 (além de sua prata no elite), enquanto o jovem Natan Tesfalem venceu a categoria júnior masculina com uma média impressionante de 39,29 km/h. Esse domínio completo demonstra a força e a profundidade do ciclismo eritreu em todas as categorias etárias.

13. Por que a Eritreia é tão forte no ciclismo?

A Eritreia desenvolveu uma forte cultura ciclística ao longo das décadas, com investimentos no desenvolvimento de base e envio de jovens talentos para o Centro Mundial de Ciclismo da UCI na Suíça. O país possui tradição no esporte, geografia montanhosa favorável ao treinamento e uma população apaixonada pelo ciclismo. Além disso, o sucesso de ciclistas como Daniel Teklehaimanot, Merhawi Kudus e, mais recentemente, Biniam Girmay, inspirou toda uma nova geração de atletas.

14. Onde aconteceu o Campeonato Continental Africano de Ciclismo 2024?

O campeonato aconteceu em Kwale, no Quênia, com as provas de contrarrelógio realizadas em Diani Beach. Esta foi a segunda vez consecutiva que o Quênia sediou o evento, após ter organizado a edição de 2024 em Eldoret. O governo queniano investiu aproximadamente 250 milhões de xelins quenianos (cerca de 1,9 milhão de dólares) na organização do evento, que reuniu mais de 300 ciclistas de 30 países africanos.

15. Merhawi Kudus poderá usar a camisa de campeão africano em 2026?

Sim! Como campeão continental africano, Kudus terá o direito de usar a camisa de campeão continental durante toda a temporada 2026 nas provas disputadas no continente africano. A equipe Burgos Burpellet BH desenhará uma camisa especial incorporando as cores da bandeira eritreia, que será uma marca de distinção e orgulho para o ciclista nas competições ao longo do ano.

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