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Van Aert Treina Obsessivamente no Paris-Roubaix: A Caça ao Monumento Continua

Descubra por que Wout van Aert treinou obsessivamente nos setores de paralelepípedos do Paris-Roubaix, repetindo o mesmo trecho sete vezes. O belga busca o Monumento que falta em sua carreira com tecnologia de ponta e preparação meticulosa.

Van Aert Treina Obsessivamente no Paris-Roubaix: A Caça ao Monumento Continua

O belga Wout van Aert está determinado a conquistar o título que falta em sua impressionante carreira: a vitória no Paris-Roubaix. O corredor da Visma-Lease a Bike tem demonstrado uma dedicação quase obsessiva aos setores de paralelepípedos da corrida francesa, realizando reconhecimentos extensivos e testando equipamentos específicos para dominar o “Inferno do Norte”.

Sete Voltas no Mesmo Setor: Preparação Meticulosa

Durante uma sessão de reconhecimento antes da temporada de clássicas, Van Aert surpreendeu ao percorrer o setor de Camphin-en-Pévèle impressionantes sete vezes em um único dia de treino. O trecho de dois quilômetros, classificado com quatro de cinco estrelas em dificuldade, fica estrategicamente posicionado a cerca de 20 km do final da corrida, pouco antes do temido Carrefour de l’Arbre.

Esse nível de preparação não é novidade no ciclismo profissional. O campeão de 2004, Magnus Bäckstedt, revelou que fez “provavelmente três, se não quatro” reconhecimentos apenas no ano de sua vitória. A estratégia de Van Aert segue essa linha de preparação minuciosa, buscando cada detalhe que possa fazer diferença no dia da corrida.

Tecnologia de Ponta: Sistema Gravaa e Inovações

Um dos destaques da preparação de Van Aert tem sido o uso do sistema Gravaa KAPS (Kinetic Air Pressure System), tecnologia que permite ajustar a pressão dos pneus via Bluetooth durante a corrida. O dispositivo foi utilizado com sucesso por Pauline Ferrand-Prévot na vitória feminina e representa uma vantagem significativa nas variadas condições dos paralelepípedos.

Além do Gravaa, a equipe testou:

  • Diferentes larguras de pneus
  • Configurações de rodas específicas
  • Técnicas de pilotagem sobre os paralelepípedos
  • Geometria de bicicleta otimizada

Durante o reconhecimento de 2025, Van Aert percorreu 130 km desde Troisville até Mons-en-Pévèle, concentrando-se especialmente nos setores finais. O belga utilizou uma Cervélo Soloist equipada com pneus Vittoria Corsa Pro de 32mm colados nas rodas Reserve – uma escolha técnica interessante em vez de sua usual S5 aero.

O Histórico de Quase-Vitórias

Van Aert possui um currículo impressionante no Paris-Roubaix, mas ainda não conseguiu a tão sonhada vitória:

  • 2022: 2º lugar, atrás de Dylan van Baarle
  • 2023: 3º lugar após furo no Carrefour de l’Arbre, perdendo a disputa final com Mathieu van der Poel
  • 2024: Ausência por lesão (clavícula e costelas quebradas)
  • 2025: 4º lugar, novamente perto do pódio

Na edição de 2025, Van Aert enfrentou dificuldades após uma pequena queda no início da corrida. “Tive que abrir uma lacuna na Trouée d’Arenberg. Já havia gasto energia mais cedo na corrida após uma queda menor. Isso me custou naquele momento crucial”, explicou o belga após a corrida.

A Rivalidade com Van der Poel e Pogačar

O principal obstáculo de Van Aert tem sido seu compatriota-rival Mathieu van der Poel, que venceu em 2023 e 2025. A chegada de Tadej Pogačar como contendor nas clássicas de paralelepípedos adicionou outro elemento à disputa.

O diretor de performance da Visma, Mathieu Heijboer, mantém a confiança: “Paris-Roubaix é a clássica que melhor se adapta a Wout. Isso tem sido verdade durante toda a sua carreira”. A equipe aposta que o perfil mais plano da corrida francesa favorece o “motor gigante” do belga, ao contrário das subidas curtas e explosivas do Tour de Flandres.

Preparação para o Cyclocross e 2026

Após a temporada de estrada, Van Aert retornará ao cyclocross, modalidade onde é tricampeão mundial. Sua primeira corrida de inverno está prevista para pouco antes do Natal, mantendo a forma para a temporada de clássicas de 2026.

A rotina de preparação inclui:

  • Testes médicos na sede holandesa da Visma-Lease a Bike
  • Campos de treinamento na Espanha
  • Reconhecimentos antecipados dos percursos
  • Desenvolvimento de equipamentos específicos

O Que Falta para a Vitória?

Especialistas apontam que Van Aert tem todos os ingredientes para vencer: potência excepcional, habilidade técnica sobre paralelepípedos, experiência e equipamento de ponta. O diretor Grischa Niermann observou após a edição de 2025: “Wout não teve o começo ideal, mas conseguiu se recuperar de forma impressionante durante a corrida”.

O comentarista belga Michel Wuyts comparou o corredor a um terrier determinado: “Dê um osso a esse terrier e ele vai quebrá-lo em dois. Quem conseguir tirar Van Aert de sua roda pode se considerar abençoado”.

O sistema Gravaa, que funcionou perfeitamente em 2025, oferece uma vantagem real sobre a concorrência. “O sistema Gravaa funcionou impecavelmente hoje. Isso nos deu uma vantagem real sobre a competição. É ideal para corridas como esta”, declarou Van Aert após a edição mais recente.

A Busca Continua

Com três pódios e um quarto lugar nas últimas quatro participações, Van Aert está consistentemente entre os melhores do Paris-Roubaix. Sua preparação meticulosa, investimento em tecnologia e determinação inabalável sugerem que é questão de tempo até que o belga finalmente conquiste o Monumento que tanto almeja.

A trajetória de Van Aert no ciclismo é marcada por superação e versatilidade. Com vitórias em etapas do Tour de France, títulos mundiais de cyclocross e o triunfo na Milão-San Remo, apenas Paris-Roubaix resiste em sua lista de conquistas monumentais.

O “Dokkeren” – termo flamengo para descrever o ato de pedalar sobre paralelepípedos – que Van Aert compartilhou em seu Strava mostra um atleta profundamente comprometido com sua missão. Cada volta repetida nos setores lendários, cada teste de equipamento, cada ajuste de configuração é um passo na direção de finalmente levantar o troféu no velódromo de Roubaix.


FAQ – Perguntas Frequentes sobre Van Aert e Paris-Roubaix

1. Quantas vezes Wout van Aert já venceu o Paris-Roubaix?

Wout van Aert ainda não venceu o Paris-Roubaix. Sua melhor colocação foi o 2º lugar em 2022. Ele também terminou em 3º em 2023 e 4º em 2025.

2. O que é o sistema Gravaa que Van Aert utiliza?

O Gravaa KAPS (Kinetic Air Pressure System) é um sistema que permite aos ciclistas ajustar a pressão dos pneus durante a corrida via Bluetooth. Isso é crucial no Paris-Roubaix, onde diferentes setores exigem pressões diferentes para otimizar conforto e aderência.

3. Por que Van Aert treina tanto especificamente para o Paris-Roubaix?

O Paris-Roubaix é considerado a corrida que melhor se adapta ao perfil de Van Aert: terreno plano, paralelepípedos técnicos e necessidade de grande potência. Ele quer completar sua coleção de Monumentos e considera esta sua melhor chance.

4. Qual foi o problema de Van Aert no Paris-Roubaix 2023?

Em 2023, Van Aert sofreu um furo inoportuno no setor de Carrefour de l’Arbre, quando estava disputando a vitória com Mathieu van der Poel. Isso o tirou da briga pelo título e ele terminou em 3º lugar.

5. Quantos reconhecimentos profissionais fazem antes do Paris-Roubaix?

Varia de acordo com o corredor, mas campeões como Magnus Bäckstedt relataram fazer 3 a 4 reconhecimentos apenas no ano da vitória. Van Aert segue uma estratégia similar de preparação intensiva.

6. O que significa “Dokkeren”?

“Dokkeren” é um termo flamengo (holandês belga) usado para descrever especificamente o ato de pedalar sobre paralelepípedos. Van Aert usou esse termo para nomear seu treino no Strava.

7. Qual bicicleta Van Aert usou no Paris-Roubaix 2025?

Van Aert optou pela Cervélo Soloist em vez de sua usual S5 aero. A escolha foi feita pelo gerente de equipamentos Jenco Drost, que considerou a Soloist um melhor compromisso entre conforto e eficiência aerodinâmica para os paralelepípedos.

8. Quais são os principais rivais de Van Aert no Paris-Roubaix?

Seus principais rivais são Mathieu van der Poel (campeão em 2023 e 2025), Tadej Pogačar, Mads Pedersen e Filippo Ganna. Van der Poel é considerado seu maior obstáculo.

9. Por que Van Aert não correu o Paris-Roubaix 2024?

Van Aert sofreu uma queda grave no Dwars door Vlaanderen em 2024, fraturando a clavícula e várias costelas, o que o impediu de participar das clássicas seguintes, incluindo o Paris-Roubaix.

10. Qual é o setor mais difícil do Paris-Roubaix?

O setor de Trouée d’Arenberg (Floresta de Arenberg) é considerado um dos mais desafiadores, classificado com 5 estrelas. Camphin-en-Pévèle, onde Van Aert treinou intensivamente, tem 4 estrelas e fica estrategicamente perto do final.

11. Van Aert também compete em cyclocross?

Sim! Van Aert é tricampeão mundial de cyclocross (2016, 2017, 2018) e retorna à modalidade durante o inverno europeu, geralmente começando pouco antes do Natal.

12. Qual é a vantagem de colar pneus tubeless nas rodas?

Colar pneus tubeless (como Van Aert fez em 2025) aumenta a retenção do pneu em caso de furos ou explosões, reduzindo o risco de acidentes nos paralelepípedos. É uma técnica que combina a segurança dos tubulares com a praticidade dos tubeless.

13. Quantos Monumentos Van Aert já venceu?

Van Aert venceu um Monumento: a Milão-San Remo em 2020. O Paris-Roubaix é o grande objetivo que falta em sua carreira para solidificar seu legado nas clássicas.

14. O que torna o Paris-Roubaix tão especial?

Conhecido como “Inferno do Norte” ou “Rainha das Clássicas”, o Paris-Roubaix é famoso por seus 29 setores de paralelepípedos brutais, totalizando cerca de 55km de estradas de pedra. É uma das corridas mais duras e imprevisíveis do calendário.

15. Quando será o próximo Paris-Roubaix?

O Paris-Roubaix acontece tradicionalmente em abril. A edição de 2026 deve ocorrer no segundo ou terceiro domingo de abril, mantendo a tradição da corrida.

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